Embora o todo seja maior que a soma das partes, os detalhes podem fazer a diferença no seu rendimento desportivo. O segredo de uma alimentação saudável e equilibrada está no equilíbrio entre a qualidade, quantidade e a diversidade mas alguns alimentos são verdadeiras maravilhas no plano podendo ajudá-lo a maximizar o seu esforço quilómetro a quilómetro.
Passas
Farta-se constantemente dos géis desportivos actualmente disponíveis no mercado? Demasiado doces, caros e nem sempre fáceis de transportar, tornam-se um verdadeiro quebra-cabeças. As passas são uma excelente fonte de hidratos de carbono, maioritariamente glucose, para manter os seus níveis de energia estáveis e prevenir hipoglicemias durante o esforço.
Leve consigo 2 colheres de sopa de passas (~25g) por cada 30-45 minutos de esforço. Fornecem 20g de Hidratos de carbono, sensivelmente o mesmo que um gel dos pequenos, 8mg de Magnésio e 195mg de Potássio, minerais importantes na contracção muscular e no equilíbrio hídrico, respectivamente.
Frutos vermelhos (amoras, mirtilos, framboesas, entre outros)
A cor não engana, estes alimentos são uma fonte de elevada potência de micronutrientes protectores da sua saúde: vitamina C e vários polifenóis de elevada acção antioxidante. São doces mas não excessivamente calóricos, dão cor e sabor à sua tigela além de ajudarem a prevenir as doenças cardiovasculares e várias formas de cancro pois promovem a eliminação dos radicais livres que causam dano às suas células, sobretudo depois de um grande esforço físico.
O preço destes frutos em fresco não é convidativo mas a alternativa dos congelados é uma excelente opção. Descongele cerca de 1 chávena de chá por dia, deixando durante a noite no frigorífico. Utilize nos seus cereais da manhã ou num batido após o treino.
Banana
Embora seja um alimento religiosamente referido na alimentação do atleta, a massa não é a única fonte de hidratos de carbono e nem tão pouco é imprescindível recorrer-lhe mesmo quando quer carregar as suas reservas de glicogénio muscular.
Embora pertença ao grupo dos frutos, a banana distingue-se destes pela sua riqueza em amido (um polissacárido), ao contrário das restantes variedades mais ricas em frutose (um monossacárido). No entanto, é importante esclarecer o mito de que a banana equivale a um bife. Recorde que a banana é rica em hidratos de carbono, combustível energético por excelência e o bife em proteína, um nutriente essencialmente construtor. Não deixa no entanto de ser um tijolo essencial na alimentação do atleta.
A isto somado, fornece também fibra, vitamina B6, potássio e manganésio. O critério de escolha prende-se com o estado de maturação, deve comprar as bananas ainda um pouco verdes e comê-las num estado intermédio, sem estarem muito passadas.
Para quem nunca sabe o que levar na lancheira, a banana é uma excelente alternativa ao pão, só tem de combinar com uma fonte proteica.
Brócolos
De uma forma geral, as couves são por si só super-alimentos. Além da sua riqueza em fibra, destacam-se como fontes de cálcio, vitamina C e de compostos organosulfurados com importantes efeitos cardioprotectores e anti-cancerígenos.
Mas os brócolos são provavelmente das crucíferas mais consumidas e apreciadas, porque são mais fáceis de preparar e combinar com outros alimentos. Há muito que o consumo desta variedade está associada a um menor risco de cancro, e por serem um alimento de baixo valor calórico e rico em fibra combinam bem numa alimentação regrada e nutricionalmente equilibrada.
Não precisa de comer apenas brócolos, mas se tem dificuldade em escolher as verduras para acompanhar um tenro e saboroso bife, procure estas super-flores. Recomendamos-lhe pelo menos 1 chávena almoçadeira (ou 2 de chá) 2 vezes por semana.
Nutricionista (CP1369N) e Professora universitária (IUEM). Escreve para o Correr Por Prazer desde a sua criação em 2008. É essencialmente uma facilitadora de escolhas na busca da melhor versão de nós mesmos. Site oficial: https://nutrium.io/p/filipavicente/blog
5 COMENTÁRIOS
Olá Dra.Filipa:Realmente è verdade que estes frutos,nãô sâo muito convidativos em relação há preços.Isto explica-se devido a sua dificuldade na sua apanha em terrenos inacessìveis.Felizmente,estou situado ao lado de um terreno onde existe estas riquezas e frescas, refiro-me a amora silvestre,vá lá tenho que ter alguma sorte não?Estando muito grato pelos seus excelentes conselhos.Bom fim de semana
Filipa Vicente,
Tenho recebido com muito agrado todos os artigos que o “correrporprazer” me endereçado, dado a qualidade dos mesmos. Neste seu artigo pareceu-me, a dada altura, que terá havido alguma distração (natural), dada a paronímia entre o manganésio e o magnésio, quando refere os constituintes químicos da banana. Confirme-me, s.f.f.
Em todo o caso, sigo os seus artigos com devotada atenção e espero que não me leve a mal este meu atrevimento.
Obrigado.
JC
Olá Nélson,
Tem de facto muita sorte, nem todos podemos ter uma “amoreira” ao lado.
Cumprimentos,
Filipa Vicente
Olá João,
Embora a confusão fosse natural, o manganésio ou o manganês é um oligoelemento presente em muito pequenas quantidades nos alimentos. Também é importante no funcionamento das enzimas mas não tem o papel crucial do magnésio na contracção muscular.
Uma banana média fornece cerca de 16% da dose diária recomendada deste mineral e apenas 8% de Magnésio.
Ou seja, perante a legislação referente às alegações nutricionais, este fruto é uma boa fonte de manganês mas não necessariamente de magnésio. Do mesmo jeito que é uma boa fonte de vitamina b6 (22%) mas não, ao contrário do que era muito referido no senso comum, de outras vitaminas do complexo B.
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Olá Dra.Filipa:Realmente è verdade que estes frutos,nãô sâo muito convidativos em relação há preços.Isto explica-se devido a sua dificuldade na sua apanha em terrenos inacessìveis.Felizmente,estou situado ao lado de um terreno onde existe estas riquezas e frescas, refiro-me a amora silvestre,vá lá tenho que ter alguma sorte não?Estando muito grato pelos seus excelentes conselhos.Bom fim de semana
Filipa Vicente,
Tenho recebido com muito agrado todos os artigos que o “correrporprazer” me endereçado, dado a qualidade dos mesmos. Neste seu artigo pareceu-me, a dada altura, que terá havido alguma distração (natural), dada a paronímia entre o manganésio e o magnésio, quando refere os constituintes químicos da banana. Confirme-me, s.f.f.
Em todo o caso, sigo os seus artigos com devotada atenção e espero que não me leve a mal este meu atrevimento.
Obrigado.
JC
Olá Nélson,
Tem de facto muita sorte, nem todos podemos ter uma “amoreira” ao lado.
Cumprimentos,
Filipa Vicente
Olá João,
Embora a confusão fosse natural, o manganésio ou o manganês é um oligoelemento presente em muito pequenas quantidades nos alimentos. Também é importante no funcionamento das enzimas mas não tem o papel crucial do magnésio na contracção muscular.
Uma banana média fornece cerca de 16% da dose diária recomendada deste mineral e apenas 8% de Magnésio.
Ou seja, perante a legislação referente às alegações nutricionais, este fruto é uma boa fonte de manganês mas não necessariamente de magnésio. Do mesmo jeito que é uma boa fonte de vitamina b6 (22%) mas não, ao contrário do que era muito referido no senso comum, de outras vitaminas do complexo B.
Espero ter ajudado a esclarecer.
Cumprimentos
Filipa Vicente
Filipa Vicente,
O meu obrigado pelo esclarecimento.
Os meus cumprimentos, também.