Realiza-se hoje aquela que é a mais emblemática e porventura mais dura prova de montanha portuguesa, carinhosamente denominada de “Freita”, nome da Serra onde a mesma se desenrola. A prova vai já na sua 5ª. edição, tendo o percurso vindo a aumentar de distância e de dificuldade. Este ano, a prova raínha terá uma extensão de 70 Km, estando portanto ao alcance de apenas alguns. No ano passado a prova foi ganha por Alcino Serras com o tempo de 06h01m05s. Para além da prova de 70 Kms, haverá uma prova de 17 Kms e uma caminhada de 8 Kms. Será portanto o encontro de atletas fortes e duros com aqueles que não tendo a possibilidade física destes se juntarão pelo convívio e pela beleza das paisagens.
A organização desta prova esta a cargo da Confraria Trotamontes, liderada por José Moutinho que há vários meses tem vindo a trabalhar no sentido de aperfeiçoar cada vez mais este já carismática prova.
O Correr por Prazer irá estar presente na edição deste ano, juntando a este crónica fotos e notícias acerca da mesma.
Deixamos também aqui o convite a todos os que participarem nesta prova, a deixarem aqui o seu testemunho acerca de como a prova vos correu e quais as sensações e emoções que a mesma vos trouxe.
Para terminar, deixamos parte do texto existente no site da organização que espelha bem as magníficas paisagens que esperarão os atletas e demais acompanhantes.
A Freita
A serra da Freita faz parte do maciço da Serra da Gralheira, juntamente com a serra da Arada e do Arestal. É uma região de grandes contrastes, de relevo áspero e imponente. Ao austero planalto, onde só florescem os matos rasteiros, contrapõem-se os profundos vales encaixados, atapetados de espesso arvoredo, por entre o qual correm rios rebeldes e tumultuosos.
As pequenas aldeias que salpicam a serra, ora se escondem nos recônditos das rugas da montanha, ora se empoleiram a meia encosta, em airosos anfiteatros rodeados de socalcos laboriosamente talhados ao longo dos tempos. O casario de pedra confunde-se com o próprio monte, num perfeito mimetismo que a construção em pedra lhes dá. Apenas algumas casas pontuam pela diferença, destacando-se pela cor berrante das paredes ou por ostentarem uma arquitectura desajustada, fruto de novos tempos e gostos de outras paragens.”