Se pretende um dia correr esta maratona e/ou conhecer esta cidade dinamarquesa, deixo-lhe aqui algumas dicas que se podem tornar importantes no planeamento da sua viagem.
Com o título desta crónica, pretendo dizer-lhe desde já que a organização da prova é do mais profissional que já vi. Desde a animação, abastecimentos, sinalização de eventuais pontos de perigo no piso, não falta nada.
A expo maratona realiza-se numa tenda no estádio (Sparta Hallen), onde na véspera se realiza uma prova para crianças muito participada e muito animada, a que vale a pena assistir.
DESLOCAÇÕES
Ryanair desde o Porto é a opção mais barata. Caso pretenda partir de outras cidade, procurar no skyscanner ou no edreams poderá ser uma boa ideia.
O sistema de transportes em Copenhaga é bom. Há uma enorme rede de comboios, metro e autocarros.
As filas para a compra de bilhetes no aeroporto são grandes. Em bom tempo optamos por comprar ainda em Portugal um bilhete de 24 horas que nos deu para ir do aeroporto para o centro da cidade, ir à expo-maratona no dia seguinte e ainda visitar outros pontos de interesse. A compra foi feita no site do metro de Copenhaga e o recebemos o bilhete via sms no nosso telemóvel. Depois de lá estar é só apresentar o SMS nos meios de transporte que pretenda usar. O bilhete 24 horas custou aproximadamente 12 euros.
ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO
Como éramos 6 pessoas, optamos por alugar um apartamento. O alojamento (este link no Booking dá-lhe um reembolso de 15€ após a sua estadia) em Copenhaga não é barato, assim como a alimentação em restaurantes. Como base de comparação, um Big Mac custa aprox. 8 euros. Os preços do supermercado não são muito diferentes dos preços praticados em Portugal. Há supermercados abertos 24 horas por dia (todos os dias) e têm vinho português. 🙂
A moeda local é a coroa dinamarquesa. Nas lojas não aceitam euros mas aceitam todo o tipo de cartões de débito ou de crédito.
A PROVA
O percurso é plano e com muita gente a assistir e a apoiar. A prova passa várias 2 vezes em alguns locais pelo que verá por exemplo a placa dos 15 km junto da placa dos 39 km o que se torna desmotivador para quem sabe que ainda terá que percorrer mais 24 km para ali voltar. O facto psicológico em nada é beneficiado com este facto.
Apesar de ser uma cidade fria e das previsões apontarem para um dia ameno, corremos com cerca de 24 graus de temperatura. Esta talvez tenha sido uma das razões para terem desistido quase 2.000 atletas e do primeiro classificado ter obtido um resultado que poderemos considerar modesto (Aschalew Biru Hunde da Etiópia com 2h20m47s). Terminaram a prova 8.371 corredores.
O CIVISMO DINARMARQUÊS
Foi a primeira vez que visitei este país nórdico e ia com a ideia de um território onde o civismo e o respeito imperam entre quem lá vive. Confirmou-se esta minha percepção, bem patente na expo-maratona, onde não havia qualquer controlo quanto à entrega da T-shirt e na partida da prova onde sem caixas de entrada nem qualquer tipo de controlo ou grades a de limitar os passeios e a faixa de rodagem. Cada atleta colocou-se junto aos balões que bem entendia. Chegamos cerca de 10 minutos antes da partida e juntamo-nos ao balão das 3h10m sem dificuldade nenhuma e não ficamos mais à frente porque não quisemos. Eu e o Luis Pires nem queríamos acreditar no que estávamos a assistir.
O QUE VISITAR EM COPENHAGA
O icon de Copenhaga é a estátua da Pequena Sereia, um dos contos mais famosos de Hans Christian Andersen. Trata-se de uma estatueta relativamente pequena, num local de pouco interesse. Vale mesmo só pelo simbolismo. Acabamos por a visitar sem querer aquando do passeio de barco pelos canais.
Há muitos e diversos parques pela cidade onde poderá descansar, fazer um pic-nic ou mesmo efectuar o seu último treino antes da prova.
Nyhavn é o local mais que obrigatório a visitar. Não é por acaso que lá fomos várias vezes. Há cerveja ou gelados em boas esplanadas. É só escolher. A maratona passa lá 2 vezes mas só mesmo a atravessa. Se não for atento nem se vai aperceber, por isso vá mesmo a Nyhavn propositadamente.
É também de Nyhavn que partem os barcos turísticos pelos canais. Há um guia que explica em Dinamarquês e inglês todos os locais onde o barco passa. A duração é de cerca de uma hora e o custo por pessoa ronda os 20 Euros. Aconselho vivamente esta viagem de barco.
Em Amalienborg, podemos conhecer a história da família real dinamarquesa e ver o render da guarda todos os dias às 11h30. Não tem a pompa de outras como por exemplo a de Londres mas acaba por valer a deslocação. Nas proximidades há veleiros atracados. Acabamos por lá encontrar o veleiro português “Santa Maria Manuela”.
No domingo a seguir à prova fomos à Suécia (Malmo) de comboio com partida na Estação Central. A viagem faz-se pela maior ponte da europa, demora cerca de 45 minutos e custa aproximadamente 12 euros por pessoa. É necessário bilhete de identidade ou passaporte. A moeda na Suécia é a coroa sueca.
O Tivoli é um dos parques de diversões mais antigos do mundo e situa-se junto à estação central de comboios. Não entramos por falta de tempo mas valerá a pena principalmente se viajar com crianças.
Se gosta de andar de bicicleta esta é uma cidade feita para si. Poderá aluga-las em diversos locais e de forma automática. Basta andar com o cartão de crédito no bolso.