
Foto: Ana Maria Freitas
Se correr uma maratona é o sonho de muitos corredores, correr no local onde ela nasceu é um sonho especial. É desse sonho que vos falo no relato da minha experiência na Maratona de Atenas 2016, “a autêntica” como refere a organização da prova. O objectivo desta crónica, como todas as outras que já fizemos, é deixar dicas a quem queira no futuro apontar baterias para a capital grega.
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Deslocações
Viajamos desde o Porto na TAP, fizemos escala na Suiça (Geneve na ida e Zurique no regresso), viajando de lá na companhia aérea grega Aegean Airlines. A passagem pela Suiça foi propositada, com escalas de 5 horas para dar para conhecer aquelas 2 cidades. Valeu a pena. Há várias opções de voos desde o Porto e Lisboa. É uma questão de seguirem as dicas que já aqui deixamos no que respeita a viagens para maratonas.
Se é adepto da Uber, vale bem a pena usar e abusar deste meio de transporte. Como eramos 4, ficou-nos sempre mais barato do que de transportes públicos ou de Táxi. Fizemos no total 7 viagens de Uber. Para além do conforto e do preço, os motoristas dão-nos sempre preciosas dicas acerca do que visitar na cidade. A viagem do aeroporto para o centro de Atenas tem o preço fixo de 29€ (32 km).
A Cidade
Atenas é uma cidade algo confusa. Há imenso trânsito e os gregos conduzem muito mal. À noite vimos carros e motas a andar a mais de 100 km/h e poucos motociclistas usam capacete, mesmo sendo obrigatório para mais de 50cc. Tenha cuidado ao atravessar as ruas mesmo que esteja verde para os peões. Os gregos não são pessoas amistosas, embora haja obviamente excepções (lojas e restaurantes).
Foto: Ana Maria Freitas
A visita à Acrópole é mais que obrigatória (bilhete 10€). A comida grega é muito boa. A melhor zona para comer é em Plaka, a escaços 500 metros da acrópole. Há esplanadas, lojas, bares e um ambiente muito agradável. As saladas, os queijos e o iogurte, a tradicional mousaka e o vinho são de boa qualidade.
Expo Maratona
Fica num bonito pavilhão usado nos Jogos Olimpicos de 2004 e a cerca de 5 km do centro da cidade (6€ de Uber). Há muitos stands de dezenas de marcas desportivas existentes. Nunca vi tantas marcas juntas. Porém, muito desorganizado com a entrega dos dorsais logo na entrada, gerando grande fila, o mesmo acontecendo mais à frente na entrega da t-shirt (esta de marca Adidas e de boa qualidade).
A prova
A partida é feita na cidade de maratona, aproximadamente a 40 km de Atenas. Há autocarros da organização em vários pontos da cidade. Nós apanhamos o autocarro na Praça Syntagma, junto ao Parlamento Grego. Saidas organizadas em quatro filas, sem confusão.
A localidade de maratona é muito pouco interessante, sem nada para ver. Há muita degradação e apenas entregamos os pertences e rumados a um estádio onde há centenas de casas de banho e onde no relvado se pode fazer aquecimento. Nunca vi tanta gente a aquecer. Eram milhares de pessoas a correr atrás dos africanos (por razões óbvias não foi por muito tempo). A partida deu-se sem confusões, com os atletas separados por caixas de tempos.
Há milhares de pessoas entusiastas e assistir à prova, principalmente nos últimos 10 km.
O percurso da prova é muito pouco ou nada interessante em termos de beleza. Para terem uma ideia imaginem correr na VCI do Porto ou na 2ª Circular de Lisboa. Valeu pelo trânsito cortado em ambas direções e do público entusista à passagem de várias localidades. É muito bonito e parece ser tradição as pessoas entregarem ramos de oliveira aos altetas. Alguns conseguem transporta-los até ao final.
Para além de desinteressante, o percurso é muito duro. Sobe desde os 5 km até aos 32 km.
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