Os homens e mulheres que praticam desporto amador são tudo menos máquinas.
Alguns têm felizmente muito tempo disponível para atividades de lazer e optam por práticas desportivas federadas. Outros quase não têm tempo para treinar. Mas competem na mesma.
É por isso que uns são mais máquinas do que outros?
Ou porque tiveram um passado desportivo rico e adquiriram competências condicionais, coordenativas e psicológicas para a vida. São máquinas? E os restantes não são?
Ainda não conseguimos escolher os nossos genes portanto como me posso comparar a outra pessoa e não apenas comigo próprio?
Alguém que trabalha, cuida de filhos e família, tem +20% de massa gorda, corta as metas na segunda metade da tabela, não é máquina?
E pergunto-me se quem dispende de muitas horas semanais a treinar está a descurar por exemplo a família?
À procura de quê? Quanto mais forças mais vazio te sentirás.
Onde está o equilíbrio?
Está na capacidade de cada um poder treinar, sendo o melhor desportista possível, sem deixar para trás os outros elementos da sua existência.
Quando deixar a prática desportiva, ou se por algum motivo a isso se vir forçado precocemente, como e com quem será o seu dia-a-dia?
Ao investirem tempo e recursos financeiros todos os desportistas amadores querem obter o máximo de rendimento possível mas convém estar em bicos de pés – sonhar alto mas com os pés ainda a tocar no chão.
Se a prática diária traz mais stress, comparação com outros, pseudo-desilusão após as competições do que satisfação, saúde e bem-estar então algo está errado.
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Se não te apetece vai com calma
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Se estás doente recupera primeiro
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Se estás numa fase de carga profissional ou pessoal levanta o pé
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Se um investimento em material ou competição influencia negativamente a tua família não o faças já
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Se não envolves os teus de alguma forma fá-lo.