Estas vão voltar para a caixa novamente. Saiba o porquê.
Fui convidado a testar o modelo Glideride da Asics. Já tinha testado vários modelos desta marca japonesa e por vezes chego à conclusão que de uns modelos para os outros as mudanças não são assim tão significativas.
Neste caso achei que não seria assim desde a primeira vez que peguei nelas. Robustas (apesar dos seus 265 gramas), fortes e um design simples, bonito e cuidado, sem grande variação de cores, tal como eu gosto.
Calço-as, tento torcer os pés para o lado exterior: zero. Fixação perfeita. A primeira sensação em “cima delas” é algo estranha, inclinas-te para a frente e parece que vais caír. Parece que elas te obrigam a andar para a frente. Ficas a pensar que isso te vai favorecer quando correres. Não tive dúvidas em relaçao a isso. Corri com elas 80 km e quase sempre me pareceu que estava a andar mais do que o habitual. Note-se que isto não é certo, todos sabemos que essa percepção depende da nossa forma física. Tavez eu estivesse apenas em dias melhores.
Como corri com elas em pleno inverno, deu para testá-las em piso seco e molhado. Fiquei surpreendido com a aderência das mesmas. Em seco ou molhado, a subir ou a descer foram perfeitas. Não me lembro mesmo de isto acontecer desta forma com outras marcas ou modelos.
Quando me referi a “e cima delas”, é mesmo assim. São altas, bastante altas. Sentes-te lá em cima. No entanto, não se sente qualquer desconforto quanto a isso. Para além de um amortecimento eficaz e moderado, o bom chassi evita torsões e proporciona-te uma segurança total.
A ausência de costuras e o tecido macio na parte posterior, fez com que não houvesse qualquer desconforto em nenhum dos treinos. Contra todas as regras, era capaz de correr uma maratona calçando-as pela primeira vez.
Nunca usei umas sapatilhas para treinar e outras para competir. Este modelo agradou-me de tal maneira que agora só irei correr com elas no treino longo que farei antes das maratonas e na própria maratona.
Tal como disse, vou limpá-las, colocá-las na caixa novamente e voltar a usá-las praticamente para competir. Quando gostamos de uma coisa temos que a estimar. Assim será.
Resumo
4.2
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