Os atletas de fim-de-semana, aqueles que não treinam com o auxílio de um profissional da saúde, comentem erros frequentes no atletismo que chegam a ser prejudiciais ao físico. Seja para o amador que corre distâncias curtas ou longas, é importante corrigir esses erros e eles podem ser solucionados com dicas valiosas.
É frequente vermos os corredores inciantes diminuírem a alimentação nos dias que antecedem um evento ou treino pesado. Isso é comum para o corredor sentir-se mais leve e tentar ser mais eficiente na pista, porém, o contrário deve ser feito.
“Nas 48 a 72 horas que antecedem a prova, é preciso aumentar os estoques de hidratos de carbono no músculo e no fígado e a água corporal. Deve-se ingerir um pouco mais de hidratos de carbono do que ingere na alimentação habitual e ingerir mais água do que o habitual”, informa a nutricionista brasileira Cristiane Perroni.
Reduzir o peso antes de alguma prova longa não é recomendado, mas ficar horas sem comer para atingir esse objetivo é ainda pior para o corpo. Quando ficamos muito tempo sem alimentação, o corpo busca outras fontes de energia, e isso pode levar a diminuir a massa muscular.
Outra dica relacionada a alimentação antes de uma etapa é não comer alimentos que não estejam corretamente cozidos. A gastronomia japonesa pode ser um risco, pois é mais fácil contrair problemas intestinais, por isso é bom restringir-se apenas a uma dieta segura e sem surpresas.
Também é bom evitar alimentos com muita gordura no grande dia da corrida, e isso não vai apenas para o atleta amador, pois os profissionais precisam seguir o mesmo conselho. Embora possa parecer muito diferente, outros desportos como o póquer, a alimentação saudável nos dias importantes também é muito relevante para o profissional.
Mudar a alimentação, como, por exemplo, testar um novo pequeno-almoço diferente do habitual, é outro erro frequente. “Acreditava que se eu comesse um bocadinho a mais de alimentos energéticos eu estaria melhor, mas o efeito foi inverso”, diz o jornalista Simão Costa, corredor amador que teve uma experiência negativa com a alimentação antes de uma etapa oficial.
“Acorde cerca de duas horas antes da prova para fazer tudo com calma. No pequeno-almoço utilize frutas, sumo natural de frutas, bolo, pão. Algo que você já tenha testado nos treinos”, afirma Perroni.
Nos períodos de treino, não dar atenção ao que você come antes e depois dos treinos é um erro muito comum e prejudicial. Se o treino for muito desgastante, o corredor precisa de muita energia para sustentar-se. Isso também é válido para muitos desportos, como basquetebol, ténis e futebol.
Depois dos treinos ou de uma longa etapa, é bom ter atenção ao que você come até muitas horas depois do evento. “Nas horas seguintes, é fundamental a ingestão de hidratos de carbono para repor as reservas gastas e garantir padrão anabólico e recuperação”, informa Perroni.
Junto com a alimentação correta, o descanso adequado também é importante após o treino ou corrida oficial. E isso inclui respeitar o corpo. Segundo a médica Judite Mourinho, correr em excesso pode acarretar lesões complicadas e graves que podem afastar o corredor das pistas por meses ou anos.
A importância da água, é claro, não pode ser deixada de lado em nenhum momento para os corredores. “Há aqueles que deixam de tomar água para ganhar tempo nas corridas. É uma loucura”, diz o corredor Vicente Couto.
“Se há défice de água podemos perder até 21% da eficiência no treino de força e até 48% no aeróbico”, informa a nutricionista Cristiane Almeida.
Se você está a cometer algum desses erros, é bom analisar o seu estilo de treino e corrida. Corrija esses problemas e resultados melhores chegarão com hábitos saudáveis e benéficos ao corpo.
Um artigo interessante, mas que peca por estar um desatualizado, principalmente na parte da nutrição. Neste momento eu estou a fazer um dieta LCHF e já “ensinei” o organismo a ir buscar a energia a gordura em vez dos hidratos. o nosso fígado não esta preparado para suportar uma grande quantidade de hidratos a partir daí transforma em gordura e esse é um grande problema do excesso de peso que temos. Ao ensinarmos o organismo a ir buscar a energia à gordura, temos não só uma fonte de energia muito maior no organismo, do que aquele que teríamos no fígado e por outro lado sentimos menos cansados em provas longas, se calhar até vai ser difícil descobrir o muro aos 30km.