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GO RUN RIDE 5 – um bom regresso à lides

Após prolongada ausência devido a lesão, toda a atenção é pouca na hora de preparar o regresso aos treinos.

Com preocupação redobrada e cuidados de quem trata de um recém-nascido, selecciona-se tudo até ao mais ínfimo detalhe: o dia – sem chuva, frio ou calor, o local – plano e de piso regular e o equipamento. Neste último ponto, na verdade, apenas sobre uma peça de equipamento recai toda a minha atenção: o calçado.

Abro e fecho o armário. Pego num par, apalpo, dobro, pouso, retiro outro, olho, lanço ao ar e agarro a avaliar pela enésima vez o peso, rodo e avalio o desgaste da sola, cheiro, pouso e repito a encenação com outro par, ignorando algumas fases e acrescentando outras. Selecciono dois ou três pares e separo-os. Pouso e observo. Estou indeciso.

Cedo a uma tentação que me vem assaltando o espírito e vou buscar uma caixa onde repousam umas GO RUN RIDE 5 ainda por estrear. Bem sei que da mesma forma que não se fazem experiências de equipamento e alimentação numa prova, o mesmo princípio é válido quando regressamos aos treinos após afastamento prolongado por lesão.

Pois, mas a tentação é grande e seguindo os ensinamentos do Frei Tomás, lá retiro as GO RUN RIDE 5 da caixa. Repete-se o ritual de olhar, dobrar, torcer, rodar, atirar ao ar, cheirar e, por fim, colocar palmilhas, acordoar e enfiá-las nos pés.

Primeiro passeio, dentro de casa, e as habituais sensações de “pantufas” comuns a tantos outros modelos de SKECHERS. Leves, macias, e donas de admirável amortecimento. Bom, mas isto é dentro de casa. Percebo que estou a tentar enganar-me, pois a decisão está mais do que tomada.

Assim, após em tempos me ter apaixonado pelas GO RUN ULTRA ROAD e posteriormente ter desenvolvido uma relação íntima com as GO RUN FORZA, fieis companheiras de longas caminhadas às quais me dediquei durante a fase de recuperação, eis que é chegada a altura de me lançar nos braços das GO RUN RIDE 5.

As primeiras sensações são as melhores possíveis: o já referido conforto proporcionado pela leveza e amortecimento, apesar de facilitado pela escolha do piso e de rolar ainda a um ritmo muito lento, mais focado no joelho do que no calçado. Percebo que o apoio lateral é também bastante competente. À medida que o treino vai decorrendo vou acelerando o ritmo e vou-me concentrando no comportamento do joelho. Do que tenho calçado acabo por me esquecer, o que é o melhor elogio possível.

Entretanto fui fazendo o regresso gradual aos treinos e tenho alternado as GO RUN RIDE 5 com outros modelos. Estou uma vez mais rendido aos encantos desta marca. Em jeito de resumo diria que este modelo, no que diz respeito àquilo que espero de umas sapatilhas, se situa algures entre as GO RUN 4 e as ULTRA ROAD. Recordando-me das GO RUN 4 e de como na altura as apelidei de pantufas, este novo modelo parece-me um pouco mais duro e firme, mas também bastante mais estável, e com menos amortecimento do que quando comparado com as ULTRA ROAD.

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