É a Maratona popular mais antiga do mundo. Decorre na cidade de Boston, ininterruptamente, desde 1897. Todos os anos são dezenas de milhar que tentam a inscrição na prova. Sendo uma das chamadas “Big Five”, é sem dúvida a mais emblemática, por ir já na 117ª edição.
Já corri algumas maratonas, mas ainda não corri nenhuma das ditas “grandes”. Esse é um acontecimento que deixo para mais tarde. É um daqueles projectos de vida de um corredor, fazer uma maratona mítica, com história, onde somos grandes entre milhares de anónimos.
E num projecto de vida, as pessoas empenham-se. Gastam muitas horas a preparar o momento de cruzar a 26ª milha, ou o km 42, quando olha para o marcador do tempo e vê em quanto se resumiu todo um trabalho de preparação de tão grande e nobre desafio.
Conseguir fazer uma maratona é digno de coragem, determinação e paz. Ninguém corre uma maratona com espírito de vingança, com preocupações na mente ou pressa para ir fazer uma outra coisa qualquer. Numa maratona, tudo se potencia. As emoções são redobradas, a força vem de onde menos se espera e a vontade de acabar supera normalmente todas as fraquezas. São inúmeras as imagens de atletas a acabar as provas com crianças ao colo, ou pela mão, abraçados a alguém que os espera na meta, ou a acenar para aquela pessoa especial que, na bancada, aguardou todas aquelas horas, esperando o concretizar de um sonho, de um culminar de tanto treino e sofrimento, com tempo roubado a quem tanto apoia.
Foram estes os momentos que aquelas explosões roubaram.
Roubaram momentos, vidas, pedaços de corpos, sonhos e futuros. A imagem de um jovem com a perna desfeita numa cadeira de rodas é impressionante.
Porquê?
Perdoem-me a pouca vontade de rir com o humor negro de alguns idiotas, e a imensa vontade de lhes dar umas valentes chapadas, mas aquilo é o que de mais vil e cobarde se pode perpetrar.
E quando me dizem que o Mundo é insensível ao sofrimento que se vive na Síria, às guerras no Iraque ou Afeganistão, ou à fome na Índia, eu respondo que, ninguém busca o inferno para entrar num paraíso. Mas numa maratona, muitas vezes se passa um inferno para atingir o paraíso (meta). E foi isso que roubaram ontem.
Hoje continuamos a correr. É essa a lição que damos aos que querem vencer-nos pelo terror.
Publicado em Tripas e Nortadas
Incredibilidade e revolta seguidas de sentimento de impotência …
Não vale a pena tentar encontrar palavras …
“Eu sou um corredor
Parte de uma comunidade
Formada a partir da força e perseverança
construído a partir do amor e apoio.
Hoje nós estamos juntos
oramos, choramos, e esforçamo-nos para entender.
Mas amanhã ..
amanhã vamos correr!
O mal não vai ganhar, não vamos deixar-
ele não nos vai assustar afastar ou intimidar-nos
Vamos correr e vamo-nos lembrar!”
o que mais me doi, é que se fosse um corredor saberia qanto suor, lagrima e dor esta em cada pessoa, em cada kilometro, em cada sacificio necessario para estar ali naqele momento… mas nao, pura violencia gratuita. e o menino? 8 anos, estava la a apoiar o pai. nao sendo eu mae, mas pondome na medida do possivel na pele daqeles pais, nao consigo imaginar a insuportavel dor por ver a vida do filho ceifada assim. era um inocente poxa 🙁
EU NEM CONSIGO COMENTAR …
Revejo-me totalmente nas palavras do Rui Campos.
Reforço a ideia de que o mal não pode ganhar, não podemos deixar!
Olhando para as imagens mais chocantes (o que é muito difícil de fazer), não devia ser necessário para o que vou dizer, mas…sinto-me feliz por estar vivo e por poder ir treinar quando esta pequena mazela de saúde (estou constipado) passar!!! Coisas tão insignificantes e que por vezes damos tanta importância e nos revoltamos por tão pouco. Os feridos, física e psicológicamente, que deste infeliz acontecimento resultaram, esses sim, terão de ser muito fortes! Estou com eles e com quem sofre. É com quem temos de estar.
Só uma nota mais: ainda por cima (é o que me parece) os que mais foram atingidos seriam os que estavam a “correr” a maratona por fora! À espera de alguém querido e a aplaudir os heróis do asfalto. Sempre que corro bato palmas a quem assiste porque é a força extra que recebemos. Agora ainda mais…
É sabido que, por norma, em todos os atentados se perdem vidas humanas, vidas essas inocentes e que em nada contribuem para as guerras politicas, religiosas ou pessoais que infelizmente existem no mundo.
No entanto este atentado em Boston ocorreu durante a mítica “maratona”, prova essa que como já aqui foi dito faz-nos passar por muitos momentos dificeís desde o primeiro metro percorrido na sua preparação até ao último milimetro de prova, no entanto esses momentos dificéis transformam-se numa sensação de extrema felicidade quando ultrapassamos a linha da meta.
No entanto todos os atletas que tanto sofreram na preparação para a maratona de Boston não conseguiram alcançar a sensação de extrema felicidade devido a este horrivel acontecimento.
É realmente triste existirem atentados, é realmente triste existir um atentado num acontecimento desportivo, mas é ainda mais triste que esses atentados levam as pessoas que os atletas amam e que estavam naquele momento e local para partilharem com o seu atleta a extrema felicidadeque ele irá sentir quando atravessar a linha da meta.
A nós só nos resta contiuar a treinar.
Paulo Antunes
O objetivo de certeza que nao era atingir os atletas, mas sim ferir a america.Nao deixa de ser um ato cobarde de pessoas que nao tem senseblidade;mas tambem e um facto que quem cria este tipo de pessoas sao os proprios americanos.
O objetivo das bombas de certeza que nao eram os atletas,mas sim ferir a naçao america.N~~ao deixa de ser um ato de cobardia extrema,por pessoas que nao tem senseblidade e respeito pela vida;mas tambem e uma certeza que quem cria este tipo de criminosos sem identidade,sao os proprios americanos.
Temo que com tamanha cobardia de pessoas sem amor a vida, o mundo se va tornar um autentico inferno de pessoas fanaticas e doentes mentais,muitas delas no poder.