Como todos sabem, realizou-se há precisamente 15 dias atrás uma das mais belas provas de atletismo realizadas em Portugal mas que viria a ser também a mais badalada, por terem ocorrido falhas inexplicáveis por parte da Organização. Falamos como é óbvio da 5ª. Meia Maratona do Douro Vinhateiro. A comunicação social, que antes da prova tanto divulgou a mesma, não teve um papel significativo no que respeita à explicação do tormento apresentado por dezenas de atletas que comentaram no nosso site o que se tinha passado in loco. Assim, resolvemos assumir o papel desses órgãos e convidamos Paulo Costa, o director da prova, que prontamente nos concedeu uma entrevista em exclusivo que agora publicamos.
Esperamos ter esclarecido um pouco mais o que se lá passou, restando apenas dizer que a entrevista foi realizada por email e as respostas publicadas na íntegra.
Entrevista a Paulo Costa – Director da Meia Maratona do Douro Vinhateiro
Paulo Costa: (PC) Li atentamente no seu blog, pelo qual desde já o felicito pois é um excelente blog que há muito venho acompanhando, tal como li os comentários sobre a nossa prova e permita-me dizer-lhe de imediato que entendemos perfeitamente a insatisfação e a maioria das palavras sobre o que se passou.
CorrerPorPrazer.Com (CP): Dada a unanimidade de opiniões quando à falha nos abastecimentos, porque não veio a público de imediato assumir o erro, tendo-o feito apenas 24 horas depois no site oficial da prova e de uma forma quase que superficial.
PC: Após a situação passada no passado Domingo com a falha na gestão de abastecimentos, de imediato encarei a situação com a máxima frontalidade, pedindo desculpa a quem a mim se dirigiu no local, tal como pedi igualmente desculpas públicas no palco, desenvolvendo o máximo esforço para que os atletas que se sentiam mal fossem socorridos a tempo.
A minha principal preocupação, naquele dia e após detectar o que se estava a passar, como todos naturalmente entenderam, foi dar assistência às pessoas que se sentiram desidratadas e com anomalias no seu estado de saúde e acompanhar o processo.
CP: Nem no final havia água no saco. Aqui não foi o efeito do calor. Já não estava previsto pois os sacos estariam feitos de véspera. Mais uma vez negligenciaram o mais básico…
PC: No final da prova, tal como o temos vindo a efectuar desde a primeira edição, o nosso patrocinador de bebidas coloca à disposição de todos os atletas, junto ao local de chegada, milhares de garrafas de água, não colocando as mesmas nos sacos-oferta. Aqui será um ponto a rever, tal como estamos a rever todo o sistema de abastecimentos, que obrigatoriamente será totalmente examinado. A Global Sport irá em breve apresentar novidades, expondo uma inovação que irá certamente satisfazer todos os verdadeiros amantes da corrida.
CP: Mas numa prova com tantos apoios, vocês falharam no mais básico e porventura o mais barato. Como é possível uma coisa destas numa organização profissional?
PC: O problema da água existiu e nós estamos a assumi-lo totalmente. Foi uma falha no controlo dos postos adicionado de uma anomalia nos processos de comunicação com o patrocinador de bebidas. Quanto aos apoios, permita-me discordar, pois não somos uma prova “rica”, salientando o facto que a Meia Maratona do Douro Vinhateiro se realiza numa das regiões mais pobres do país, não tendo obtido até hoje qualquer tipo de Apoios Comunitários, do Turismo de Portugal, do Instituto do Desporto de Portugal ou outros do género. Tem sim um prestigiado conjunto de patrocinadores que acreditam neste projecto, que nasceu apenas em 2006, e com o enorme esforço e dedicação de uma equipa jovem e altamente empenhada conseguimos demonstrar que o Douro, apesar de estar localizado no interior do país, é uma Região com enormes potencialidades.
CP: Há vozes que dizem que o nº. de hospitalizados terá sido maior e que a comunicação social “abafou” o caso…
PC: Hospitalizadas foram duas pessoas e assistidas no Centro de Saúde quatro. Felizmente todos recuperaram rapidamente e isso é o que nos apraz registar.
O que os dados demonstram, como facilmente será possível verificar junto das entidades competentes (Centro de Saúde, Hospital e Bombeiros), é que efectivamente as pessoas que foram assistidas no Centro de Saúde do Peso da Régua foram seis, tendo duas destas sido assistidas posteriormente no Centro Hospitalar de Vila Real. Todos tiveram Alta Médica no mesmo dia, à excepção de uma pessoa que apenas foi normalizada no dia seguinte.
CP: Não deveriam ter mais voluntários ou pessoal contratado? No único abastecimento que os atletas dizem que tiveram, haviam 2 escuteiros e os atletas tiveram que eles próprios abrir as paletes da água…
PC: A Organização tinha pontos de abastecimentos de cinco em cinco quilómetros. O que falhou foi efectivamente o controlo destes postos, sendo verdade que os jovens que, como habitualmente, controlam estes postos não tiveram a “força” necessária para esta acção. Aqui, erramos.
CP: Havia um abastecimento com laranjas inteiras. Isto não é um procedimento de uma organização experiente na área…
PC: As indicações fornecidas aos elementos que estavam nos postos, eram para cortarem as laranjas mais perto da hora do evento, pois estava muito calor (se fossem cortadas no dia anterior certamente iriam secar) o que efectivamente não se passou. Mas como referi atrás, a gestão dos abastecimentos não foi bem orientada, pelo que não decorreu de acordo com a restante gestão do evento.
CP: Sei que estão a devolver o valor da inscrição a quem o solicita. Não o deveriam fazer a todos os atletas, sem que os mesmos o tivessem que solicitar?
PC: O caso foi grave, nós assumimos isso perante todos, estamos a enviar já neste momento cartas e emails a todos os participantes que nos fazem chegar a sua reclamação, com um sincero e humilde pedido de desculpas e devolução do valor de inscrição ou a oferta da mesma na próxima edição.
Dos quase dois mil inscritos na Meia Maratona, são poucos aqueles que efectivamente nos estão a solicitar a devolução da inscrição. Fazem-nos sentir a insatisfação relativamente à falha nos abastecimentos, mas também nos fazem igualmente sentir que estamos a construir um evento fabuloso, no interior do país, com a duração de quatro dias e com oferta de concertos, exposições, feiras, entradas em museus, guias para grupos e uma organização que tenta, ano após ano, melhorar em todos os aspectos.
PC: Há muita gente a dizer que não volta mais a esta prova. O que pensam fazer para os demover dessa atitude?
CP: Sonhei este evento enquanto criança e construi-o enquanto adulto, com imenso esforço e dedicação. Acredito que em 2011 iremos bater o recorde de participação, anunciando antecipadamente um conjunto de acções que permitirão reconquistar a confiança de todos aqueles que acreditaram neste projecto e que muito agradecemos.
Foram imensas as pessoas que depois de nos fazer sentir com veemência a sua insatisfação, receberam a nossa carta com pedido de desculpas e falaram comigo telefonicamente. Após esta nossa atitude a maioria afirmou o apoio ao evento e transmitiu que na próxima edição voltarão a depositar confiança em nós, sendo que da nossa parte todos podem ter a certeza que tudo será feito para que nada falhe.
Nós conseguimos construir um evento com a duração de quatro dias, que decorreu nas mais perfeitas condições de Organização, sem falhas e com total atenção a todos os pormenores, a saber:
– Transporte limpo (não poluente), entre a cidade do Peso da Régua e a Barragem de Bagaúste, através de comboio;
– Onde existia um enorme aterro, construímos em parceria com a REFER, uma plataforma gigante para que todos os participantes pudessem descer do comboio num local mágico;
– Após aluimento de terras, a Estrada Nacional 222 encontrava-se fechada desde Fevereiro. Tudo fizemos para reabrir a Estrada e num esforço notável as EP conseguiram realizar uma obra fabulosa que permitiu a passagem de dez mil pessoas;
– Numa intensa parceria com a Associação Empresarial de Vila Real (NERVIR), apresentamos na ExpoVillage do evento uma fabulosa Festa do Vinho e dos Produtos Regionais que recebeu milhares de visitantes, promovendo os produtos da Região, com entrada gratuita;
– Esgotamos praticamente todo o alojamento da Região do Douro, enchemos restaurantes e dinamizamos o comércio;
– Oferecemos de forma gratuita a todos os visitantes dois magníficos concertos. Rita Redshoes na sexta-feira à noite. Giovanni & Friends (André Sarder, Nuno Barroso, Mafalda Arnauth, Tozé (perfume), Berg, João Portugal). Este concerto, com mais de cem pessoas em palco ficará certamente perpetuado na memória de todos e foi grátis.
– Aumentamos o número de efectivos no policiamento, de bombeiros, de voluntários (escuteiros, jovens estagiários de escolas profissionais, amigos da organização), conseguindo envolver mais de quatrocentas pessoas que colaboraram em todo o processo;
– Criamos um processo logístico na Entrega de Dorsais, com vinte computadores e quarenta pessoas;
– Sorteamos um automóvel entre todos os participantes no final do evento;
– Utilizamos os chips de controlo de tempos da Championship (considerada a melhor marca na especialidade);
– Disponibilizamos guias para grupos organizados, que assim puderam visitar a Região com melhor envolvimento;
– Mais de quatro horas de televisão, que promovem uma Região altamente assimétrica e todos os nossos parceiros.
– Programa das Festas em Directo na RTP1, sábado, das 16.30 às 19.30h;
– Transmissão da EDP 5ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro na integra na RTP 2, no Domingo entre as 18 e as 19.30 horas;
– Oferta de um voucher com 50% de desconto nas visitas ao Museu do Douro para os participantes da MMDV;
– Oferta de uma garrafa de vinho do Douro (DOC 2002) aos atletas de Meia Maratona.
Estes factos não desculpam certamente a falha nos abastecimentos, mas compreenderá que a Organização foi dedicada e que o erro não foi, de forma alguma, premeditado ou facto de desleixo. Aí sim, seria certamente um acto criminoso.
Da nossa parte, sublinhamos o nosso pedido de desculpas e reafirmamos que estamos totalmente empenhados em preparar a próxima edição, que terá lugar no dia 22 de Maio de 2011, com uma atenção ainda mais intensa de forma que problema algum possa voltar a existir. Estamos a ouvir todos aqueles que nos fazem chegar reclamações e que desde já estão a sugerir alterações que iremos respeitar.
Permita-me só informar que desde a primeira edição que esta Organização tem colaborado com associações de jovens com deficiência, bombeiros e com causas ligadas à oncologia. Simplesmente fazemo-lo sem publicidade, pois ajudamos as instituições da nossa região sem querer com isso algum dividendo, sabendo que essa deverá ser uma missão de todos.
Resta-nos esperar a compreensão de todos e entender as palavras que nos dirigem.
CP: Falando do trajecto da prova (Meia Maratona), porque é que o ponto de retorno (pipa) não se faz mais à frente, evitando assim que a prova acabe a subir?
PC: É um ponto a rever. São vários os atletas que nos estão a colocar essa questão e o professor João Campos, Director Técnico do evento, está a avaliar todas as possibilidades. Aliás o professor está a reunir alguns dos melhores especialistas na matéria de forma a que em breve possamos apresentar um evento melhorado em todos os seus aspectos técnicos.
CP: Não acha que as partidas da caminhada e Meia Maratona deveriam ser em locais diferentes, por exemplo a MM em cima da barragem e a Caminhada mais à frente já em direcção à Régua? É que há sempre grande confusão na partida…
PC: De acordo com as primeiras análises da nossa equipa técnica, na próxima edição o evento irá sofrer profundas alterações, nomeadamente a separação das provas, com horários diferentes.
O que pretendemos é ter uma Meia Maratona de excelência, ao nível do melhor que se pratica no mundo, e uma Mini Maratona que represente uma festa gigantesca das gentes do Douro.
CP: Li numa entrevista sua que tem como objectivo colocar a Global Sport no topo das empresas nortenhas. Este evento não terá sido um passo atrás nesta sua pretensão?
PC: A Global Sport é uma empresa que está a percorrer o seu caminho, com uma fabulosa equipa de pessoas altamente qualificadas, jovens, que pretendem lutar contra as assimetrias nacionais e dessa forma lutarmos por desenvolver no interior do país um projecto ao nível das melhores práticas de gestão.
Acreditamos que este episódio não foi um passo atrás, mas sim uma aprendizagem inesquecível.
Para todos nós é um orgulho constatar que conseguimos apresentar um evento único em Portugal, pois nenhum evento de atletismo consegue reunir tão vasto conjunto de iniciativas em volta de uma prova desta natureza oferecendo tantas vantagens pela participação no evento.
Esperamos efectivamente continuar a percorrer o nosso caminho, sendo que a nossa equipa está já totalmente empenhada em preparar a próxima edição d´A MAIS BELA CORRIDA DO MUNDO, pelo que estamos certos que a 6ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro irá atingir um alto patamar de qualidade, quer ao nível da gestão do evento quer ao nível da envolvência criada com os atletas.
Neste preciso momento estamos a organizar o 43º Circuito Automóvel de Vila Real, que na edição anterior reuniu em Vila Real mais de cento e cinquenta mil pessoas e desejamos que tudo decorra como na edição anterior onde nada de anormal se passou. Neste evento teremos mais de mil pessoas a colaborar com o evento e a nossa pretensão é que Vila Real consiga afirmar-se novamente como a Capital do Desporto Automóvel em Portugal.
Depois deste teremos um evento na China, onde iremos realizar uma fabulosa acção de promoção externa com a marca DOURO. Iremos realizar três jogos em três das maiores cidades chinesas, sendo o último jogo no Estádio Ninho de Pássaro. Levaremos a acompanhar uma Selecção de Futebol do Douro (com jogadores de toda a Região Norte de Portugal) uma comitiva de cinquenta pessoas, com empresários, políticos e diversas figuras públicas, como o biógrafo oficial de José Mourinho, Luís Lourenço. Nesta acção iremos apresentar publicamente naquele país a 6ª Meia Maratona do Douro Vinhateiro, afirmando perante um dos mais fortes países do mundo que Portugal, no DOURO, tem A MAIS BELA CORRIDA DO MUNDO.
Caros: O que me faz aqui escrever não é propriamente a entrevista em si mas para dar os parabéns aos autores deste site pelas diversas iniciativas criadas em torno das corridas para atletas de pelotão. É sem dúvida o melhor e mais completo site a nível nacional. Nesta entrevista fez o que mais nenhum orgão de comunicação social fez. Demonstra bem que é um site de corredores para corredores. Muitos parabéns mais uma vez.
Quanto à entrevista, não esperava outra coisa que não fosse a criação de um clima de “auto-flagelação” e de desculpabilização, sob pena de para o ano não terem lá ninguém.
Boas corridas.
Só consegui ler o primeiro terço da entrevista.
Que irresponsabilidade !!!!
quero deixar aqui os meus parabens aos organizadores deste blog pela iniciativa.
quanto as respostas da entrevista no inicio nota negativa,o resto mais parece a promoção de uma empresa.
E acho que nada mais ha a dizer enfim e o que temos.
Sinceramente não sei o que dizer.
Não consigo sentir na entrevista um pedido de desculpas tão sincero que mova quem sofreu na pele (eu felizmente não estive presente) a voltar lá para o ano.
Estar sempre a falar de uma serie de iniciativas que envolveram a prova e até de iniciativas que estão a realizar extra atletismo não me soa bem.
Todas as pessoas devem ter uma segunda oportunidade para corrigir os seus erros e penso que se deve dar uma segunda oportunidade a esta prova mas eu se a tivesse feito provavelmente teria muita dificuldade em lá voltar.
É tão absurdo a falta de água numa meia maratona que custa muito entender um erro destes.
Comecei a participar em provas há 30 anos, também já colaborei em várias organizações de provas desde grandes eventos altamente profissionalizados até provas com meios rudimentares. Já fui vítima de problemas com abastecimentos mas com esta dimensão escandalosa e dramática nunca vi nada semelhante nem como corredor nem como modesto colaborador voluntário nas organizações de provas.
Penso que a solução mais viável para esta prova era a demissão da equipe técnica e a contratação de alguém que seja sobejamente reconhecido no mundo da corrida pela sua capacidade profissional na organização de provas.
Se houve dinheiro para tantos eventos que acompanharam a prova para o ano cortavam nesses eventos e contratavam uma equipe de verdadeiros organizadores profissionais.
E não esquecer que com uma partida aquela hora e com aquele calor nem se devia fazer uma meia maratona mas para a fazer só com abastecimento de 2,5 em 2,5 quilómetros. É preciso não esquecer que há atletas que andam a 6 ou mais ao quilómetro e vão levar meia hora (ou mais) para atingir um abastecimento e se isso é complicado com tempo fresco com temperaturas elevadas pode ser fatal.
As minhas desculpas pelo tamanho desta resposta e os meus parabéns pela iniciativa desta entrevistam que vem na linha do vosso excelente site que é uma referência para todos os corredores Portugueses. Bem hajam!
Eu estive na prova, reclamei (há duas semanas), pedi o reembolso e ainda não recebi qualquer resposta….. Aparentemente, houve poucos pedidos de reembolso, pelo que a ausência de resposta não deverá ser imputada ao excesso de trabalho mas sim a puro e simples desinteresse….
Para a organização, a prova em si é o menos importante e isso nota-se pelo discurso deste senhor (de exclusiva auto-promoção) e reflecte-se, naturalmente, na qualidade técnica da prova. Uma boa meia-maratona não é só o cenário….
Para mim é claro que a corrida é uma simples “armadilha para turistas”. O verdadeiramente importante para estes senhores é “vender o Douro” aos otários que vêm de fora, criando-lhes a impressão de que vão participar na “mais bela corrida do mundo”.
Aconselho todos a visitar o Douro, não aconselho ninguém a fazer esta prova.
Pois, foi tudo perfeito…só faltou mesmo o básico!
Estou certo que com estas respostas o senhor Paulo Costa entrará directamente para o topo da “lista de contratações” de um determinado partido politico português conhecido pela sua fantástica máquina de marketing e publicidade.
Só quem não esteve na meia maratona é que pode aceitar este “discurso” senhor Paulo Costa!…
Extraordinário! é o que me sai depois de ler a entrevista. Tudo foi perfeito, só faltou mesmo a água!
Mas neste ponto, confesso que estou na mesma. Porque é que faltou a água é algo que continuo sem perceber.
Estava à espera de justificações do género “o Manel da Adega ficou de levar a água ao km 15 mas teve um furo na camioneta e só resolveu o assunto já eram duas da tarde” ou “o Quim, que era quem tinha que levar a água ao km 20, emborrachou-se a seguir ao concerto, meteu-se na carrinha dos músicos e só acordou em Lisboa eram 11h da manhã” e por fim “a Dona Clotilde que era quem ia levar os escuteiros aos abastecimentos enrolou-se com um dos guitarristas da Mafalda Arnauth, foi apanhada pelo marido e não conseguiu sair de casa para levar os meninos”.
Todas estas seriam explicações absolutamente normais para a ausência de água, de escuteiros e essencialmente de POSTOS!
Agora explicações do género “O problema da água existiu e nós estamos a assumi-lo totalmente. Foi uma falha no controlo dos postos adicionado de uma anomalia nos processos de comunicação com o patrocinador de bebidas” e “A Organização tinha pontos de abastecimentos de cinco em cinco quilómetros. O que falhou foi efectivamente o controlo destes postos, sendo verdade que os jovens que, como habitualmente, controlam estes postos não tiveram a “força” necessária para esta acção”.
Apetece dizer “não, a Organização NAO tinha postos de 5 em 5 quilómetros, a falha de comunicação depreendo que queira dizer esquecemo-nos da porra da água!, e para os jovens terem força tinham no mínimo que lá estar”. PORQUÊ é que eu ainda não percebi…
PS – Parabéns aos autores do site por mais esta excelente iniciativa (pena que o entrevistado não esteja à altura da mesma)
caro vitor, parabéns pelo excelente trabalho no melhor blog do mundo. Passo a responder a esse senhor???????????? costa, quando diz que houve seis hospitalizados deve ter raz ão o que não dis é que só houve esses porque não haviam mais ambulancias porque Eu ESTIVE MAIS DE MEIA HORA ESTENDIDO na calçada com a cabeça em cima dos pés de alguem quase inconsciente foi pedida mais que uma vez a ambulancia e ainda estou á espera dela. se não fosse esse GRANDE SENHOR que me ajudou e não sei o que seria de mim.”colocação de milhares de garrafas de água na chegada” eheheheheheh se calhar os passaros beberam-na pois eu cheguei cai para o lado e foi com enorme dificuldade que alguem arranjou uma pequena garrafa para eu beber tendo a minha familia chegado para me salvar da seca.diz que seria crime se fosse ato de desleixo eu pergunto o que foi isto se não UM GRAAAAANDE CRIME pois NÃO EXISTIU ABASTECIMENTO AOS 10 15 20 KM E NO FIM não foi falta de água pura e simplesmente NÃO EXISTIU E ISTO É CRIME.aida hoje estou á espera do saco com as ofertas pois como cai para o lado não recebi nada tendo as meninas ficado com o meu numero para posterior envio do mesmo só que até hoje… não “bato ” mais em quem nem sequer merece.
Acerca de como a prova decorreu e dos acontecimentos que se seguiram, acho que já está suficientemente debatido (mas não esquecido). Quero alertar para o horário a que a prova se relizou, o que já me deixou preocupado mesno antes da partida. Relembro que um inquérito efectuado neste blog o elemento natural que mais afecto o rendimento do atleta foi considerado o calor.
Numa região de conhecida pelos extremos das temperaturas, prevendo-se que a altura do ano em que esta prova se realiza estas muito provavelmente se encontram elevadas, para mim a primeira falha da organização é por uma prova neste local a começar ás 11 horas, já que os atletas de pelotão irão terminar a prova perto das 13 horas (não esquecer que todos os médicos-dermatologistas pedem para evitar a exposição solar directa após esta hora). Não pondo de parte a minha participação numa futura organização do mesmo evento, só participarei se a prova se iniciar ás 10 horas
Inacreditavel!!!!!
Este artista ainda pensa que vai organizar outra prova de atletismo?Deve estar doido!O ano passado aconteceu precisamente a mesma coisa,só que nao estava tanto calor.
Sabem onde ele provavelmente gastou a nota?
Hoteis VIP,recepçoes para atletas,amigos familiares em luxuosas instalaçoes.
Na TSF este artista depois do sucedido informou que estava a confratenizar com os atletas campeoes que “visitaram” a Regua (enquanto alguns agonizavam).Acho estranho que ele venha falar do director da prova aonde ele pára?
Nao tem responsabilidade nenhuma neste evento?
Para que serve o cargo de director da prova?Só para receber as comissões chorudas pagas pelos “palhaços que pagam para correr”.Devia ter ido com a selecçao.
Para terminar acho que o Douro nao merecia isto,mas o Douro continua nos senhores de Londres,de Cascais e de outros artistas como este,menos para os Portugueses, penso eu!
Acho-me como sobrevivente do Douro,e penso nao me calar tao cedo(enquanto me lembrar).
Só me vem á ideia uma palavra para caracterizar a entrevista deste “senhor”….SURREAL!!
Eu fui um dos herois que conseguiu acabar a prova e fico com a sensação,depois de lêr a entrevista,que não estamos a falar do mesmo evento!!
A maneira ligeira e IRRESPONSÁVEL com que o sr Paulo Costa aborda as questões, que MUITO BEM lhe foram colocadas, estão ao nível da organização da prova…uma MISERIA!
É mentira que existissem abastecimentos de 5 em 5 Km,eu apenas usufrui de um por volta do km 6 e depois no final porque tive a felicidade de terminar com 1H30 e ainda tive água mas para o restante pelotão NEM NO FIM HAVIA ÁGUA…
Outro promenor já aqui retratado prende-se com a hora da partida,não lembra ao Diabo começar uma prova na Régua á 11 horas…sinal de que quem organizou a prova NUNCA pegou numas sapatilhas para correr,enfim!
Mas como tudo neste país a culpa morre solteira….
Apenas uma nota final para congratular a excelência deste Blog.Um bem Haja a todos.
BOA NOITE A TODOS
É TUDO MENTIRA QUE ESSE SR PAULO COSTA DISSE.
PRIMEIRO FIZ A MINHA INSCRIÇÃO EM NOVEMBRO DE 2009 FOI O Nº 13 DA INSCRIÇÃO QUANDO FOI PARA LEVANTAR O MEU DORSAL NÃO ME ENCONTRAVA INSCRITO TIVERAM-ME DE DAR OUTRO Nº PORQUE EU TINHA O RECIBO DO PAGAMENTO LOGO AÍ A PRIMEIRA FALHA, DEPOIS
FALTOU ÁGUA
AMBULANCIAS
BOMBEIROS
ESCUTEIROS
SÒ NÃO FALTOU NADA PARA OS ELITES.
BOAS CORRIDAS
É verdade que havia abastecimentos de 5 em 5 Km, não chegaram foi para todos só havia entre 300 e 400 garrafas em cada posto. Aos 4/5 Km esgotou-se, o que era para ser aos 10 foi consumido ainda na ida antes do retrocesso, o abastecimento dos 15 foi estava junto à partida e foi consumido logo ali antes do tiro de partida, aos 18/19km foi levado pelos primeiros participantes da mini, as garrafas (de agua claro) existentes no fim obviamente tambem eram insuficientes. Quem diz que tem 10 mil inscritos, apesar de sabermos que não era verdade, não tinha uma garrafa de água para cada participante. Há 4 anos participei numa meia maratona em Sintra com mais de trinta graus, tinha abastecimento de 2,5 em 2,5 Km e chegaram para todos, é preciso dizer que essa prova estava a ser organizada por um (ex)atleta, é o que faz falta aqui, como é que uma empresa organiza jogos de futebol na china corridas de carros e provas de Atletismo? não percebo o que é que isto tem em comum. Já agora, tendo eu informação previligiada, aconteceram outras falhanços inacreditáveis resolvidos em cima da hora, mas com todos esses teriamos sobrevivido bem.
Concordo com o Francisco quando apela para que a prova se inicie ás 10 horas.
Pelo que li foram poucos os que pediram o reembolso do dinheiro. Eu fui um deles. E ainda não recebi nada!!! Se foram poucos os que lá estiveram e pediram o reembolso se calhar é uma birra minha, se calhar sou o único descontente…
Ah enfim, não me posso esquecer que quem diz que foram poucos a pedir o reembolso é a mesma pessoa que diz que naquele domingo de frenesim de ambulâncias foram poucos hospitalizados, como também era a mesma pessoa que prometi ser a “a mais bela corrida do mundo” e para mim foi exactamente o contrario.
Face à ausência de notícias destes senhores, depois de repetidamente interpelados, vou avançar com uma acção judicial para recuperar os custos que suportei com a viagem e estadia para participar na prova. Acho que outros o deveriam fazer, talvez assim este “senhor” veja que não pode andar para aí a brincar aos organizadores de eventos e a enganar as pessoas. Não houve reembolso, não houve cartas de desculpas, não houve nada do que para aí se diz. Basta ler o comunicado no site oficial da prova para nos sentirmos insultados.
Obrigado Vitor Dias!
Fez o papel dos profissionais da RTP!
Fui dos que no 1º abastecimento abriu paks de água e após o 2º abastecimento não bebi mais. Simplesmente não havia.
Estava a completar a prova e ouvi o locutor a informar que iam devolver o valor da inscrição.
Portanto, não reclamei a devolução nem vou reclamar porque espero que haja uma só palavra.
E mantenho o que disse, para o ano NÃO VOU LÁ e depois vê-se.
Bem haja
Ola Vitor.Antes de mais quero dar-te os parabens por mais este teu trabalho ou duplo trabalho já que para alem desta tua iniciativa de fazeres uma entrevista ao responsavel de uma prova tambem fazes o papel de jornalista que sabe-se lá porque se esqueceram de passar a noticia de como nao se deve organizar uma prova de atletismo, mas tambem ja todos estamos habituados a estes comportamentos da comunicaçao social, se esta meia maratona nao fosse na linda cidade da regua mas sim em lisboa o mundo saberia do acontecido.
Quanto á entrevista deste senhor, digo apenas que o que mais entristece nas pessoas nao sao os seus erros mas sim nao saberem olhar para eles para os corrigirem, este senhor fala na falta de agua em um posto de abastecimento, mas nao é verdade houve sim apenas um posto de abastecimento e o resto da prova? e no final da prova? e a assistencia aos atletas que tiveram de fazer tal como eu metade da prova a passo com grande dificuldade tal a desidrataçao em que estavamos e ambulancias ou assitencia medica nem sombras? e na meta as barracas dos patrocinadores a venderem bebidas e alimentos quando nós nao tinhamos nem uma simples garrafa de agua? Uma boa organizaçao tal como este senhor faz questao de referir teria providenciado face ao aumento de calor que se fez sentir para que existisse abastecimentos nao só de 5 em 5 km mas sim de 2,5 em 2,5km, mas insisto em dizer enfocar o seu erro na falta de aguas aos 15km é o mesmo que só saber olhar para dentro e nao ver o que se passa a sua volta,logo tera sempre grande dificuldade em corrigir o que de mau se passou, ao contrario do que diz ir fazer no proximo ano.Por mim pode organizar as provas que quizer pela minha parte em provas organizadas por ele nao voltarei a por os pes
ESSE SENHOR DIZ QUE PEDE E PEDIU DESCULPA,LOGO A SEGUIR PERSISTE, QUE PARA O ANO É QUE É, AINDA ALGUEM VAI ACREDITAR NESSES PSEUDO PROMOTORES DE PROVAS DE CORRIDAS??? EMPRESÁRIOS…ANGARIADORES….ENGANADORES……….DAQUELES QUE GOSTAM DA MAIS BELA MODALIDADE QUE EXISTE NO MUNDO!
PERMITAM-ME ESTE DESABAFO…MAS ESTÃO A MATAR AS….CORRIDAS DE ATLETISMO DE ESTRADA.
FAÇAM ATLETISMO INDIVIDUALMENTE, E DEIXEM ESSES OPURTUNISTAS CORREREM AS PROVAS E A FAZER TUDO SOZINHOS….LEMBREM-SE…ATLETISMO É A ÚNICA MODALIDADE QUE PODE SER FEITA DE UMA FORMA INDIVIDUAL E EM GRUPO DE AMIGOS…NÃO CORRAM RISCOS COM ESSES FALCÕES QUE MATAM O ATLETISMO….E COLOCAM EM PERIGO A VIDA DAS PESSOAS Á CUSTA DA MIRA DO LUCRO…..TENHAM CORAGEM, BOAS CORRIDAS PARA TODOS E MUITA SAÚDE…DO AMIGO DO ATLETISMO.
Lida, com muito sacrifício, a entrevista, fica uma ideia bem patente: a única preocupação desse tal de Costa é promover a Global Sports; nem sequer é promover a Meia do Douro. Tudo o que se assemelha a ténue pedido de desculpas ou assumpção de responsabilidade é feito de forma calculista, formal e racional, sem um mínimo de sinceridade.
Conclusão: esse tipo vai longe, provavelmente acabará na Assembleia de República ou com um cargo bem remunerado num qualquer organismo do Estado eventualmente ligado ao desporto.
Sr. Paulo Costa permita-me que lhe faça duas criticas construtivas.
1º. Li a sua defesa e reparei que o Sr. falou muito mas disse pouco, os atletas estão feridos e deveria-lhes tocar na alma, não éra necessário baixar de nivel, mas perdo-me a expressão ser mais húmilde.
2 Eu participei na 1ª. e seguintes, só não participei nesta porque a data 31/01 para se pagar a inscrição mais barata é muito cedo, e partir daqui o valor aumenta, fiquei com a ideia de que o queriam era facturar e como tal disse logo eu não vou, pelo que julgo que a data deve ser mais próximo do evento. O transporte para o local de comboio é uma boa ideia, o local da partida, julgo estar bem, pois os atletas mais bem preparados até podem ir a pé fazendo o aquecimento. A hora de partida deve ser no máximo ás 10H30. Nos abastecimentos os caminhantes não podem ter acesso a estes nem que se tenha de criar barreiras. Por último é preciso que a logistica seja em percentagem com os participantes. Quanto á beleza da meia maratona admiro-o pelo seu patriotismo, e dou-lhe os parabéns por tornar o seu sonho realidade de facto é uma verdade que o Sr. conseguiu fazer na Régua uma grande festa, corrigir onde se errou e ir em frente, pois eu tenho saudades da meia de Lamego,Vimioso, Aveiro dos 10 Km de Seia e outras.
A todos um grande abraço e se alguma palavra está a mais peço desculpa.
Para o ano esta prova vai ser um sucesso, não tenho a menor dúvida.
A edição deste ano foi criminosa, horrivel, foi mesmo escabrosa.
Comecei a correr e a preparar esta meia-maratona três meses antes, com a chuva e com o frio, mas também com a vontade de fazer uma boa participação no Douro, não consegui.
Uma coisa eu garanto, vou continuar a correr e a treinar com paixão pois isso estes senhores não conseguem destruir.
Foi vergonhoso o que aconteceu na MEia Maratona, tal como o que aconteceu hoje nas corridad de Vila Real, também organizados por esta equip que no m ntendr, já mostrou que não vale nada.
Realmente várias pessoas pediram o rembolso e com razão, a corrida do douro(com letra pequna para não afectar a imagem do douro), e niguém ouviu é uma organização pouco fiável – E relativamente ao circuito de vila real(com letra pequena) foi vergonhos, não sei qual a ligação que este senho r tem com a camara de vila real, não sei se merece a atnção que todos parcem prestar…
O senhor prsidnte da camara de vila real não deveria ligar a imagem del, á desorganização desta empresa que no meu entender é uma fraude, alguém dv estar a ganhar dinheiro com estes fulanitos que parecem perceber do assunto, por terem uma licenciatura…
Gostaria de ter mais pormenores sobre o que aconteceu na corrida de Vila Real.
Realmente mais uma desorganização evidente.
Tanto gabarito e tão pouca parra, o senhor Paulo Costa dá uma entrevista a seguir ao senhor presidente da Camara de vila real, naqueles livros que distribuiram, tanto faz de conta. O numero de pessoas a assitir foi um fracasso, como vendedor de cervejas, nunca estive num evento tão mal organizado.
Se este fulano continuar, as corridas vão abaixo, por causa dos compradios com o Senhor Vice Presidente da Camara o Eng. Madeira Pinto com este senhor paulo Costa.
Esses compradios politicos, dão azo a que se coloquem pessoas que não sabem fazer num patamar que parece que sabem. Estes politicos deviam era trabalhar paa não serem corrompidos por valores chorudos…
Boas tardes.
O Paulo desde hà muito quye tem muito jeito para organizar festas, mas das pequenas, pequenos encontros.
Neste tip de grandes organizações tem sido um fracasso, mesmo um fracasso e sei do que falo e aponto, a meia maratona foi um fracasso, o numero expectavel de pessoas ficou áquem do esperado, mesmo áquem…
Deixa fazer que sai e deixa-te deste tipo de compradios como dizem e muito bem, isso chama-se viver á sombra…
Alguém recebeu a garrafa de vinho do Douro (DOC 2002)?
A minha t-shirt diz Mini-Maratona. Mais uma falha.
Não merece qualquer comentário!
Se o principal evento é a meia-maratona(?) as falhas na distribuição de água aos atletas fez com que o resto seja irrelevante. Se concentrarem o evento na corrida não haverá falhas tão básicas. O não haver água no final é um sinal de que a organização percebe pouco disto e outro tipo de falhas do género podem ocorrer.
Sugestões (óbvias para quem já participou em provas mas que podem ser úteis para a organização):
– Cada posto de distribuição de líquidos devia ter mais de 5 pessoas, numa extensão de, pelo menos 20 metros preparadas para entregar 2 garrafas de água abertas cada.
– As garrafas de água devem estar numa zona de sombra.
– Deve haver, pelo menos, 2 contentores do lixo nos 200 metros a seguir a cada abastecimento.
– As pessoas que entregam água podem ir recolhendo as garrafas após a passagem da maioria dos atletas ou no final da prova (no dia seguinte passei pela marginal do Douro que parecia uma lixeira a céu aberto – péssima publicidade, como se não bastasse a questão dos abastecimentos).
– Na proximidade dos postos de abastecimento podem estar os bombeiros/ambulância/polícia, o que facilitaria a organização.
– Deve haver sombra no final da prova.
– Finalmente, deve haver água para todos os atletas em todos os postos de abastecimento (por mais óbvio que isto pareça aos leitores deste blog, não quis deixar de mencionar)
Espero que ajude
Cumprimentos
O certo é que eu vou vivendo a rica e a francesa. Tenho estes pastores todos na minha mão.