Participei hoje pela terceira vez consecutiva na S. Silvestre de Vila Nova de Gaia e vim de lá insatisfeito. Apesar de ser uma prova onde as condições geográficas a poderiam tornar num evento verdadeiramente emblemático, a organização não esteve à altura e aqui fica o meu descontentamento, que acaba por ser o de muitos que hoje ali se deslocaram.
Apesar de sermos amadores, gostamos de ser respeitados e de ver as organizações cumprirem com os seus deveres de organizadores. Nós cumprimos com a nossa parte, pagamos e comparecemos e cada vez mais vemos descontentamentos aquando das participações em provas.
Já não se usa ver provas sem controlo por chip. Todos sabemos dos batoteiros e todos sabemos das incorrecções nas classificações sem esta tecnologia. Já é quase vulgar. Em Gaia não.
A prova de hoje estava marcada para as 17h00. Quando lá chegamos fomos informados que afinal iria ser às 17h30. Se há provas para miúdos e desfiles de Pais Natal, isso deveria ter sido avisado antecipadamente. No meu caso, fui a correr de casa, fazendo desde logo o meu aquecimento e quando lá cheguei, tive que esperar pelo início da prova, meia hora depois. Ora se a prova começou mal, mal acabou. Os anunciados 10 Km, acabaram por ser 10.840m no meu relógio com GPS, distância análoga a outros colegas que também correram. Mas não era necessário ter relógio, foi a primeira vez que se veio dar a volta perto da Ponte Luiz I por duas vezes.
Confesso que fiquei extremamente chateado porque após 2 anos de corrida, resolvi apostar em fazer o meu melhor aos 10 Km, e de facto fiz, embora na classificação oficial irei aparecer com o tempo de 10.840m.
É certo que é pouco importante os tempos ou classificações que obtemos, mas é um desrespeito para quem corre. Abordei um elemento da organização acerca do assunto, até lhe mostrei a distância no relógio e ele disse que estava errado, que o percurso tinha realmente 10 Km. Pelos vistos estavamos todos mal, menos a organização. Cem ou duzentos metros ainda se admite, agora quase 1 Km…
Se não corremos para tempos ou classificações, também não corremos para os prémios ou ofertas simbólicas, mas ao chegar a casa, ao ver o saco de oferta, vi o quanto fraquinho era: uma garrafa de água de 33cl, uma T-shirt fraquinha que mais não é do que um estampado de patrocinadores e um azulejo não menos fraquinho do que a T-shirt. Valeu-nos ao menos o já célebre chazinho quentinho e a fatia de bolo-rei no final.
Senhores organizadores da S. Silvestre de Vila Nova de Gaia, sejam mais profissionais, para que no próximo ano esta prova seja bem melhor. Aproveitem o magnífico trajecto que têm para que esta seja uma das melhores provas de fim de ano do país. Nós lá estaremos na esperança de ver melhorias.
– Fotos desta prova (da autoria de Jorge Dias)
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