Pela primeira vez testamos umas sapatilhas de corrida com placa de fibra de carbono. Tudo era novidade e a curiosidade e as expectativas nunca estiveram tão altas. Haverá assim tanta diferença para as marcas e modelos sem este novo “upgrade” considerado por muitos até como “doping mecânico”? Fomos testar.
A Saucony, como quase todas as marcas apostou forte para não ficar atrás da concorrência. O carbono chegou à corrida e a aposta era quase inevitável.
Mal as calcei fiquei com a sensação que iria cair para a frente. Segundo a marca, a tecnologia Speedroll e uma poderosa placa de fibra de carbono dão-lhe impulso para conseguir uma velocidade sem esforço no dia da corrida.
Ora terá sido por essa a razão que me senti impulsionado de imediato. Há um balanço associado logo na primeira passada, mesmo sem correr. Ao fim de milhares de passos, é natural que muita energia possa ser assim poupada. É como se me estivessem a empurrar ligeiramente. É realmente diferente correr com placa de carbono. Requer adaptação nos primeiros quilómetros. Depois não vais notar este quase “desiquilibrio” inicial.
A parte superior das sapatilhas é constituida por uma malha transpirável, muito confortável sem que os teus pés necessitem de qualquer adaptação.
O seu baixo peso (+-200g) e o seu aspecto frágil, não compromete a sua durabilidade. Já corri mais de 150 km com elas e não têm marcas aparentes de desgaste.
Se elas nos impulsionam pelo seu poder “de balança” em terreno plano, não será o inverso nas subidas? Tive o cuidado de as testar em subidas muito ingremes e isso não acontece.
A sua aparência (parecem muito altas) engana. O pé entra bem fundo e o conforto é total.
Não fosse o seu preço (+-250€) e estas seriam as sapatilhas com maior votação que alguma vez testei. Nem sempre o bom é barato… 🙂