...

O saber que ocupa lugar

Olá.

Fizeste um meme engraçado: para quê aprender flauta se podíamos, por exemplo, aprender a declaração de IRS?

Tens razão. Parte, repito, parte do programa da disciplina de Educação Musical, que tiveste no 5.º e no 6.º ano, “destruiu” a tua vida adulta.

Mas há mais.

Para quê aprender Português, do primeiro ao décimo segundo, se escreves com erros, se os teus e-mails são indecifráveis, se não és capaz de interpretar um anúncio ou uma notícia?

Para quê aprender Geografia, se descreves como “Norte” tudo o que seja acima de Alverca?

Para quê aprender Educação Física, se não tiras o rabo do sofá e ainda gozas com quem pratica exercício?

Para quê aprender Inglês ou Francês, se para ti qualquer estrangeiro deveria nascer a saber falar Português?

Para quê aprender História, se achas perda de tempo ir a um Museu, ou visitar um Monumento?

Para quê aprender Ciências, Física, Química, Matemática, se acreditas no primeiro youtuber que diz que as vacinas provocam autismo? Se preferes ir à “bruxa” do que ir ao médico? Se acreditas que as tuas maleitas se curam com uma velinha à Nossa Senhora?

Portanto, o problema não é teres aprendido “As Pombinhas da Cat’rina” na flauta. O problema é não teres aprendido mais nada e ainda te orgulhares da tua ignorância. 

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António Pinheiro
António Pinheiro
Profissional de marketing, músico e corredor por prazer. Corre na estrada, no monte e de um lado para o outro na vida, atrás e à frente dos filhos.

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