O termo é brasileiro e muito pouco ou nada conhecido em Portugal. Todavia, são cada vez mais os atletas pipoca em Portugal. Quem são e o que fazem?

O melhor sinónimo para este termo brasileiro, talvez fosse “o penetra”, ou seja aquele que participa nas provas sem se inscrever.

A atual crise financeira verificada em Portugal, aliada aos exagerados preços impostos por algumas das organizações das provas, tem vindo a fazer crescer o número destes amantes das corridas.

Pode-se pensar que “é mais um menos um” mas na realidade não é bem assim. Há organizações que já falam em centenas de corredores nesta situação, o que provoca problemas tanto a estas como aos restantes atletas.

É que alguns “pipocas” não se limitam a correr como se estivessem a treinar. Fazem questão de estar nos lugares da frente nas partidas e não prescindem dos abastecimentos, o que faz com que os atletas mais atrasados e que pagaram para lá estar, não tenham acesso aos mesmos por estes já terem esgotado. Perante esta realidade, não há organizador que consiga calcular com rigor a quantidade de abastecimentos necessários.

Há também a questão da segurança, pois estes atletas não têm seguro desportivo que está incluído na sua inscrição.

Parece-nos de difícil controlo este tipo de realidade, já que obrigará as organizações a despenderem de meios no controlo de partidas, o que não resolverá de todo o problema pois estes atletas poderão entrar na corrida após a linha de partida.

Felizmente são muitas as provas existentes no nosso país.

É só escolher. Se aquela é mais cara, haverá uma mais barata, se aquela é longe, haverá uma mais perto. O ideal é estar sempre inscrito e desta forma respeitar tanto as organizações como os atletas que de forma legal fizeram o esforço financeiro para participar.