Testamos o último modelo da conceituada marca das três riscas. O mesmo promete impulso e energia, anunciando que a sua corrida nunca mais será a mesma. Será mesmo assim? Saiba como as testamos e qual a nossa opinião.
Quanto tenho um par de sapatilhas de corrida novo, faço sempre questão de as usar em casa durante alguns dias para que os pés se adaptem e o piso liso de casa seja mais justo para uma primeira análise, não vá a rua (muitas vezes irregular) levar a uma ou outra opinião negativa precipitada. Calçar as boost ou umas pantufas é a mesma coisa. Muito confortáveis, macias e tem-se uma sensação de amortecimento e de proteção fora do normal.
Após esta primeira impressão, era hora de as pôr á prova para aquilo que elas foram feitas, correr, correr, correr.
Corri mais de 200 kms com elas, alternando com outros modelos e marcas pelo meio. A primeira contrariedade foi que elas me começaram a magoar no “peito do pé”. Não pus a culpa nas sapatilhas e entendi que talvez estivesse a apertar de mais os cordões. Fui mais longe, saltei um buraco e fiz com que o aperto no local onde me apertava ficasse mais folgado. Elas continuaram seguras e o problema ficou resolvido.
Durante os 3 ou 4 primeiros treinos, a primeira impressão não foi a melhor. Não era o desconforto, era o amortecimento que me parecia pouco para aquilo a que tanto tinham publicitado. Ao comentar isto com um amigo que é um corredor assíduo da marca, disse-me que também lhe acontecia isso com outros modelos da Adidas e que com o tempo eu iria mudar de opinião. Dito e feito. Parece que as sapatilhas precisavam de rodagem. Ao fim de 100 Kms elas já tinham sido as eleitas para os meus treinos mais longos.
A sua parte superior em tecido elástico faz com que não seja necessário qualquer tipo de adaptação do pé, pois não há fricção. Claro que deverá escolher bem o seu tamanho. Não aconselho que optem pelo mesmo número que usam, mesmo sendo da mesma marca. O ideal mesmo é experimentar e deixar pelo menos o tamanho de um polegar na frente, isto quando está de cócoras, ou seja normalmente pelo menos 2 números acima do seu tamanho de calçado normal do dia-a-dia.
Quanto à base, é feita de cápsulas que amortecem e impulsionam a passada. Diz a marca que é muito mais vantajosa que a anterior tecnologia (EVA) e que por ser mais resistente à temperatura, torna as mesmas mais resistente e com maior durabilidade.
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No que à durabilidade diz respeito, é óbvio que com 200 Kms não podemos dar uma opinião válida. O certo é que neste momento, estão como que intactas, o que me leva a pensar que o elevado preço que as mesmas apresentam, possa ser compensado por um maior uso, levando assim a uma poupança – todos sabemos que dificilmente deixamos de correr com umas sapatilhas que tenham o limite de kms anunciados pela marca (+-700).
Em resumo, são sem dúvida umas excelentes sapatilhas de corrida. Não se irá arrepender se as comprar. Não são baratas (150 euros), mas se pode despender dessa quantia, vai adicionar uma mais valia às suas corridas e os seus pés e articulações agradecerão.
Com elas irá com toda a certeza tirar mais prazer da corrida.
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