
Tudo começou com a mini da Ponte 25 de Abril mas para não me repetir podem ver o inicio da coisa neste post sobre esses primeiros tempos e todo o percurso inicial.
Prefiro aproveitar esta oportunidade para fazer um pequeno ponto de situação.
Ao fim destes 3 anos (que recoheço serem ainda ínfimos) continuo a perseguir o peso ideal (ou pelo menos o que gostaria de ter) como se fosse um sonho anoréctico.
Continuo em busca do melhor tempo e gosto sempre de superar o tempo de ano anterior, embora raramente me prepare e à partida tenho sempre na ideia ir devagarinho e sem me cansar.
Consegui incluir os treinos regulares e as provas ao fim de semana na minha rotina.
Consegui pegar o bicho a alguns amigos e sobretudo à minha mulher que participa já regularmente nas provas mais pequeninas.
Sinto cada vez mais o apelo por provas mais off-road. Um maior contacto com a natureza, um espírito de aventura mais presente, um deslumbrar constante dos sentidos. A estrada é mais aborrecida, é mais para o tempo. Mas à falta de um bom trail tragam-me uns Km’s de alcatrão, claro.
Felizmente cada vez há mais gente a participar, cada vez há mais provas no calendário.Na minha primeira mini, observava atentamente os ateltas que terminavam a meia maratona. 21Km e mais uns picos. Como era possível? Um ano depois era a minha vez. Depois de quebrar a barreira da maratona, fiquei com uma vontade enorme de ir conhecer outras terras aos 42Km de cada vez. Mas uma coisa que noto é que cada vez é mais trabalhoso planear uma época.
Já não podemos ir todos os anos às favoritas porque mesmo essas inevitavelmente se atropelam no calendário. Depois incluir umas 2 ou 3 manatonas, umas cá dentro e outras lá fora, mais os meses de treino que antecedem as ditas cujas e uma escolha das provas em função das distâncias, porque não há tempo para tudo e convem incluir as provas no plano de treinos….
Mais a escolha das maratonas internacionais em que por vezes as inscrições têm de ser feitas no ano anterior… uma dôr de cabeça é o que vos digo. Vejam bem a trabalheira que o vício nos dá.
E digo trabalheira porque este vício é apenas mais um de entre muitos e é preciso manter o equilíbrio com todos os outros: trabalho, família, tempos livres (mesmo livres), cultura, férias, comer e beber do bem bom, amigos, e muito mais.
Faço questão de equilibrar estas coisas todas no tal puzzle que venho fazendo já há vários anos.
E porque escrevo o blog do gajo que mudou de vida? Por um lado para consumo próprio. Já várias vezes o consultei para confirmar datas, povas, etc. E que se não escrevermos a coisa esfuma-se no tempo. Mas mais importante, e já tive essa confirmação algumas vezes, sei que consigo tocar outras pessoas. Sei que consigo pegar o bicho. E este bicho é muito bom.
Da mesma maneira que o meu colega Luis me contou este segredo, eu sinto obrigação de o contar a toda a gente. Sei que poucos acreditam, sei que é mais fácil não gostarmos de correr, mas também sei que alguns insistem em tentar. E também por eles lá vou conseguindo encaixar mais uma pecinha.
Apareçam no próximo fim de semana para mais uma corrida.
Link do Blog: http://corremais.paulopires.net

