“Quem te avisa, teu amigo é” e não foi por falta de informação de terceiros.
Tal como o próprio nome indica, o Trail do Serrote é marcado pelas subidas e descidas desafiantes, valeiros encaixados nas encostas de serras bairradinas, no concelho de Anadia.
Pensei eu… “18Km e 900D+? Tranquilo, afinal já não é o primeiro. Estes tipos são exagerados. Vou ao pódio”.
Sou uma corredora ambiciosa, não o vou negar. Em cada prova vou desenrolando mentalmente os meus propósitos. Neste trail, o pódio tornou-se uma miragem ao fundo da meta e chegar ao fim para comer uma bela de uma sandocha e beber uma mini bem fresquinha, passou a ser o meu objetivo.
A malta de Vila Nova de Monsarros, porreirinha e festeira, não perde um bom bailarico. Prometeu nesta segunda edição desafiantes subidas e descidas e não falharam.
Comprei uma ficha para uma manhã cheia de aventura: fiz rapel, escalada, escorreguei nas prometidas descidas e até arvorismo.
É caso para dizer, vão-se as calorias e ficam as nódoas negras.
Trail durinho, muito técnico, uns adoraram outros, como eu, não contavam com um grau de dificuldade tão desafiante. Mas prefiro correr pelo desconhecido e logo se vê. A adrenalina é maior e acabamos por descobrir que afinal somos mais fortes mentalmente do que imaginamos.
Lamuriando-me vezes sem conta… “Isto não é para mim” e “não me apanham noutra assim” é muito típico do corredor. Queixamo-nos mas fazemos load de novo, vezes e vezes sem conta.
Somos loucos desportistas!
“E então, quando é o próximo?”