… a “trailar” pelas margens da Pateira de Fermentelos.
Domingo, 6h30m, dia de prova. Penso eu, ainda a dormitar: “Não tenho juízo nenhum”.
Depois dos festejos do dia anterior – o Benfica deu-nos o 38 – só me restava, como atleta da Casa do Benfica da Bairrada, “dar um pódio”. Imaginei eu, em tom irónico, ou não.
Após o levantamento do dorsal, aproveito para gravar as cenas dos meus próximos reels (prometendo os bons resultados, tipico d’ a Miúda que Corre) e cumprimentar os amigos corredores (praticamente os mesmo doidos de sempre).
Aquecimento e 3,2,1… partida. Foram 15km de percurso de dificuldade média e com uma vista magnífica pelas margens da Pateira.
Uma prova abençoada, mas que compensou pela frescura que nos presentou.
Em todos os meus desafios concorrenciais, vou calculando a minha probabilidade de “podiar”. Faço-o sempre, não vou negar. Sou aquele tipo de atleta que tem objetivos: ou “podiar” ou ficar bem posicionada, sempre chegando ao fim sem lesões.
Nós, atletas, corremos por algum motivo e por algum motivo também nos desafiamos. E sem desafios, digamos que não seria a mesma coisa.
Bem, ao terceiro km tive uma visita inesperada: a “dor de burro”, após um esticar de pernas mais exigente com o objetivo de contornar um obstáculo mais técnico.
Tive que abrandar o ritmo. Confesso que por segundos colapsei. Estava num ritmo e numa posição confortável. Abrandar numa prova siginifica “ficar para trás”.
Com calma e tranquilidade, lá continuei, devagar e devagarinho. Afinal o mais importante é chegar ao fim sem lesões e usufurir do percurso. Mas como diz o ditado “devagar se vai ao longe”.
E fui…sexto lugar da geral feminina e segundo do escalão.
Tudo pode acontecer numa prova e a magia reside aí. O mais importante é nunca deixar de acreditar.
Somos seres com capaciadades incríveis e donos de uma força invencível.
Afinal, se os outros conseguem, nós também podemos conseguir. Porque não tentar?
Vamos lá “trailar” ou arrancar alcatrão algures por aí?