É frequente as pessoas ficarem chocadas com o que digo. Confesso que, às vezes, faço de propósito. Fosse eu um intelectual de esquerda, óculos de massa, cachimbo na mão, olhar no infinito e seria um agente provocador, um agitador de massas, uma mente inconformada. Mas, como sou o António Carlos, ligeiramente descaído para a direita, óculos de sol, telemóvel na mão, olhar de pascácio, sou apenas um “mete nojo”.
Por incrível que pareça, não são as minhas provocações premeditadas que chocam as mentes mais conservadoras. É uma frase. Uma simples e, a meu ver, inofensiva frase que provoca esgares de nojo, caras de espanto, rostos ruborizados, gritinhos de pavor:
Preparados? Agarrem-se bem:
“Eu não gosto de praia.”