E pronto: nunca nenhuma crónica minha ficou tão bem resumida só pelo título.
Muito obrigado e bom dia!
Já que insistem, eu desenvolvo.
Irrita. É equivalente ao raspar de unhas num quadro de ardósia, ou ao zumbido de uma melga numa noite quente de Verão.
Enerva. Como quando estamos atrasados e o trânsito na Arrábida não se mexe.
Desespera. Como quando queremos correr num sonho e não saímos do sítio. (pensando bem, não é só nos sonhos…)
Não tenho nada contra estrangeirismos na Língua Portuguesa (ou não teria a profissão que tenho). Não tenho nada contra quem encontra noutras línguas, melhores palavras para se expressar (também o faço).
Mas um dia destes vou parar a Custóias, por causa da malta que usa top (e não estou a falar da peça de roupa) por tudo e por nada!
Não há mais pachorra e, no entanto, há pelo menos uns vinte e quatro adjectivos polissilábicos que podem substituir a palavra top.
Lembram-se quando eram miúdos e ficavam todos contentes de aprender uma palavra nova? (aconteceu-nos a todos, certo?)
Então, porque raio decidem voltar para as cavernas e reduzir toda a vossa expressão oral a um único vocábulo, que mais parece uma onomatopeia?
Pronto… Desabafei. Agora estou mais leve.