O dono e fundador de uma empresa onde trabalhei há uns anos dizia-nos frequentemente que a primeira necessidade do ser humano era a da “aceitação”.
Nascemos e choramos para ser aceites pelos nossos pais, para que nos amem, alimentem e protejam. Procuramos depois ser aceites pelos primeiros amigos na escola. Ser escolhidos nas brincadeiras, ter a atenção da menina que nos encanta.
Procuramos fazer parte de tribos: um clube, um partido, uma associação. Apaixonamo-nos e procuramos ser aceites, permanente, por quem amamos. Vestimos roupas novas, perfumamo-nos, damos presentes.
Vamos à procura de emprego, de entrevista em entrevista, até sermos aceites. E que bom é quando tudo isto resulta! Que bom é ser escolhido, aceite, amado.
Mas… E quando falha?
Quando a aceitação dá lugar à rejeição?
Leiam o texto novamente, mas imaginando que tudo corre mal. A família que não nos quer, os amigos que nos ignoram, a tribo que nos despreza, o amor que não retribui, o emprego que não surge. A rejeição dói, fere, mata. Atira-nos brutalmente ao chão.
É aquilo que nós somos posto em causa. Não sou psicólogo e tudo isto pode ser um grande disparate, sem qualquer fundamento, mas certamente alguém que está a ler sentiu-se nestas palavras.