Infelizmente o falecimento de atletas em plena prova já não é novidade, tanto a nível global como no nosso país. Tanto em estrada como em trail, cada vez são mais os atletas em competição e por conseguinte maior é a possibilidade de estas situações virem a contecer no futuro. Em portugal já aconteceu tanto em trail como em estrada. O que deve uma organização fazer?
A questão pode ser mais complicada do que o que parece. Se por um lado a vida de um ser humano merece muito mais do que qualquer evento, há os restantes atletas que por um infortúnio vêem todo o seu investimento (por vezes de anos) deitado por terra.
Há atletas vindos de muitos países, muitos deles fazendo grandes investimentos financeiros e com uma forma diferente de ver este tipo de situações.
Se as provas podem ser canceladas por outras razões, como condições climatéricas, que podem pôr em causa a integridade física de todos os atletas em prova, quanto ao falecimento de um atleta isso já não acontece. Assim, o cancelamento prende-se apenas e só ao respeito e à consternação pela morte, não impedindo que a prova continue até ao final.
Devem as organizações das provas colocar nos regulamentos estas situações ou devem continuar a considerar a mesma omissa e decidir na hora o que fazer?
Na minha opinião o valor da vida deve de estar acima de qualquer outro valor e aceitarei o cancelamento de uma prova em que eu esteja a participar.
O tema não é de fácil consenso. Gostaria por isso de ouvir as vossas opiniões.
Sobre Vitor Dias
Autor e administrador deste site. Corredor desde 2007 tendo completado 61 maratonas em 17 países. Cronista em
Jornal Público e autor da rubrica Correr Por Prazer em
Porto Canal.
Site Oficial:
www.vitordias.pt
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