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24 horas solidárias

24 Horas Solidárias - Ricardo BastosPorque corremos? Por que gostamos. Porque fazemos amigos. Porque conhecemos novos lugares. Ou simplesmente porque gostamos de ajudar.

Ajudar é o que faz o Ricardo Bastos todos os anos com as suas corridas solidárias. Como já aqui tínhamos noticiado, este fim de semana, promoveu mais uma iniciativa, correndo durante 24 horas seguidas, na sua terra natal, para ajudar 4 instituições.

Foram 132 Kms. Mas não correu só, convidou os amigos e durante as 24 horas foram cerca de 200 os corredores que a ele se juntaram. A correr ou andar, o Ricardo teve sempre companhia. Ás 4 horas da manhã eram 14 os que com ele davam voltas e mais voltas em Oliveira de Azeméis.

Foi emocionante quando às 11 horas da manhã de domingo em frente à Câmara Municipal com ar esgotado mas feliz, familiares, amigos e elementos das 4 instituições que receberão o valor angariado, esperavam o Ricardo e o aplaudiram efusivamente.

24 Horas Solidárias - Ricardo Bastos e Vitor DiasTive o prazer de com ele correr durante 2 horas e de ver a alegria que um ser humano pode ter ao ajudar aqueles que mais precisam.

Obrigado Ricardo pelo exemplo que nos dás em cada passo percorrido.

Todos aqueles que pretendam participar com o seu donativo, poderão efectuar transferência bancária para o seguinte NIB abaixo descrito.

24 Horas Solidárias - Ricardo Bastos

 

 

 

 

 

 

Foto: João Pedro Pereira

 

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Vitor Dias
Vitor Dias
Autor e administrador deste site. Corredor desde 2007, completou 67 maratonas em 18 países. Cronista em Jornal Público e autor da rubrica Correr Por Prazer em Porto Canal. Site Oficial: www.vitordias.pt

1 COMENTÁRIO

  1. Desde ontem que ando a tentar escrever algo sobre a experiência que foram as Corridas Solidárias versão 2013.
    Tenho lido tanta coisa que apenas me apetecia compilar tudo e fazer um resumo.
    Gostava imenso de ter o dom da escrita de alguns dos meus amigos e amigas. Escrita criativa e empolgante.
    Deus formatou-me para criar, para fazer acontecer e em quase nada me bafejou com o jeito para escrever.
    Sei o que sinto, sei o que vivi e senti naquelas 24 horas mas não consigo ser o artista da escrita que todos os meus amigos mereciam.
    Tudo começou bem cedo com a recepção aos 6 Anjos que cá estiveram desde o inicio. Jamais esquecerei o que a Dina e Paulo Mota, a Ana São Bento, o Tigre, a Yolanda e a Cristina Guerreiro fizeram. Já dormiram cá para que nada falhasse desde o primeiro minuto. Depois de uma noite bem dormida fomos para o Parque de Lá-Salette para fotos e visita à Capela.
    Pouco antes das 11 horas recebi uma das primeiras surpresas, o Orlando Duarte estava a caminho do Parque. Que fazia este lisboeta aqui?
    Partida dada, umas voltas por lá e fizemos caminho para a zona desportiva. Primeiro km e já estava a viver a segunda emoção forte. Passo pela minha mãe, ligeira paragem e uma lagrima traiçoeira caiu.
    Atravessamos a cidade e eis-nos no sítio.
    Bem, a partir daqui as surpresas apareciam cada volta, e foram mais de 200.
    Que dizer, quando nos aparecem pessoas de Matosinhos, Porto, S. João da Madeira, Charneca da Caparica, Gaia, Ovar, Famalicao. Pessoas que apenas aqui vieram para correr uma hora e meia e voltaram para Sesimbra como o Eduardo e a Margarida. Algo de especial estava no ar. Que dizer do Paulo Santos que só vinha correr uma hora mas teve de ir a casa e voltou com um saco para passar a noite e trazia uma palete de cervejas? Que dizer do amigo que no seu passo económico correu seguido 50 kms? E daquele que apareceu de bicicleta vindo de Gaia e correu descalço, foi embora com a promessa de cá estar no dia seguinte, e estava. Que dizer do grupo que apareceu a meio da noite e fez com que às 3 horas da manhã fossemos 11 a correr? Que dizer da Senhora que às 4 e meia apareceu com regueifas quentes e manteiga porque nós merecíamos. Não a conheço mas alguém no grupo conhecia, tinha acabado de sair do trabalho às 4 horas e fez uns 15 kms para cada lado em detrimento do merecido dormir? Que dizer ainda de quem do Porto tenha telefonado a perguntar se queríamos francezinhas e cá as vieram trazer. Delicia de jantar.
    Tantos cuidados tiveram comigo para que nada me faltasse. Desde o acompanhamento e vigilância apertada. Quando me deu um ataque de frio e me deitei embrulhado num saco cama para aquecer quase passei pelo sono mas um dos meus Anjos me segredou " vá lá Ricardo, não adormeças, são quase 5 horas está quase, mais um esforço".
    O remédio era voltar para a pista. Ainda bem que não me deixei adormecer pois assisti ao nascer do dia. Que lindo, belo, um momento único a que só dois tiveram o privilégio de assistir.
    Assim que o dia apareceu tudo foi mais fácil pois as pessoas começaram a aparecer a partir das 6 horas e eram cada vez mais e mais. Chegaram a estar cerca de 100 a correr, andar ou treinar a sério. Que dizer da alegria da Madalena que nunca tinha corrido e ali fez os primeiros 600 metros de corrida contínua e depois por ali andou a caminhar cerca de 6 horas? Ou da Ana São Bento que deverá ter feito uns 80 ou 90 kms? Que dizer da Cristina que fez o seu treino e depois se dedicou de corpo e alma às massagens e não teve quem lhe desse uma a ela que bem merecia, pouco dormiu pois eu poderia precisar de alguma coisa? Da Helena Terra que deu uma volta de saltos altos? Das crianças que aceleraram umas voltas até pingar suor? Da neta do Orlando que se despediu de mim dizendo que tinha dado uma volta e me tinha ganho? Da Maria que com dois meses foi a atleta mais nova que lá apareceu e se deitou no meu peito com um sorriso daqueles que fazem esquecer tudo?
    Epa isto já vai longo e eu tinha tanto para dizer…
    Queria apenas terminar agradecendo especialmente à minha família que ali esteve. Irmãs Lúcia e Sandra, mãe Preciosa e pai Joaquim. À São que veio de Monte Abraão para aqui estar. Aos Sobrinhos Ruben e Xana. À surpresa boa que foi a vinda do Veríssimo, Lena e Mariana. Às filhas Kika, Inês e Patrícia. Por último à minha mulher Fátima. Incansável após três semanas de trabalho intenso na Farmácia. Como ela diz "este ano é que há tolos".
    Muito mais haveria para dizer mas as conversas, gargalhadas, momentos intensos, confidências, amizades cimentadas, cumplicidades, ficam com os próprios e eu tive disso tudo.
    E tudo terminou numa mini no largo da Câmara Municipal. Seguido do almoço em minha casa onde festejamos também o aniversário de casamento de um casal maravilha. Felicidades Dina e Paulo.
    Agora o que menos interessa, nas 24 horas corri ou andei 133.600 metros o que deve ter dado para cima de 200 voltas ao circuito. Se não fossem as bolhas e a sola dos pés queimadas teria feito uns 500 kms… Brincadeira.
    Obrigado.

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