O Projeto Sexto Sentido nasceu em 2019 na cidade do Porto, pelas mãos de Bárbara Pereira, uma corredora que perdeu a visão em 2017.
Nessa fase da sua vida, percebeu que correr poderia ser essencial para a sua reabilitação física e mental. Mas o que encontrou foram apenas opções ligadas à competição — algo que não procurava. Queria, acima de tudo, voltar a sentir-se livre.
Foi então que conheceu o Alexandre, um guia voluntário que tinha participado no projeto homónimo no Brasil e que, ao chegar ao Porto, trouxe consigo a mesma filosofia: criar uma comunidade de pessoas cegas ou com baixa visão, em conjunto com guias voluntários, que treinam e participam em provas lado a lado. Tudo organizado de forma prática, através de um grupo de WhatsApp.
“Se um atleta com deficiência visual quer correr 10 km, basta perguntar no grupo se há algum guia disponível. Se houver, combinam o ponto de encontro e treinam juntos.”
Começaram com apenas 10 pessoas no Porto. Hoje, o Projeto Sexto Sentido conta com cerca de 300 membros espalhados por todo o país, incluindo 100 atletas com deficiência visual e cerca de 200 guias voluntários. Para além do núcleo inicial no Porto, já existem grupos ativos em Lisboa, Coimbra e Braga.
Esta comunidade, que agora faz parte do programa de responsabilidade social betano – Heróis Betano, vai expandir-se para Aveiro, e logo de seguida para Vila Real, Viseu, Algarve e Madeira.
“Mais do que competir, o foco está na inclusão, autonomia, bem-estar e, sobretudo, liberdade.”
Para isso, o projeto precisa de mais guias voluntários, pessoas disponíveis para acompanhar os atletas em treinos ou provas, de forma segura e solidária.
Se quiseres aderir ao projeto — como atleta ou como guia — basta preencher o formulário de inscrição em:
Porque correr sem ver é possível – basta ter alguém ao nosso lado.