Foi anunciado esta semana que foram apanhados nas malhas do doping mais dez atletas nacionais. A situação não é inédita mas continua a ser no mínimo lamentável. Trata-se de um tema que choca quem pratica desporto limpo e todos os que como nós fazemos do desporto uma forma saudável e não o contrário. Já aqui abordamos o tema há uns tempos atrás aquando do caso Lance Armstrong, na altura comentado por Filipa Vicente e Susana Lourenço.
Segundo avançou o jornal desportivo “A Bola”, existem dez casos de doping confirmados pela Autoridade Antidopagem de Portugal. Em Setembro foram anunciados cinco casos juntando-se agora outros tantos, em que houve situações de alteração no passaporte biológico: três são no atletismo, um na natação e um na canoagem.
O Presidente da Federação de Atletismo Eduardo Gonçalves já reagiu à notícia referindo a “leveza do artigo” e garante que a Federação tudo faz para prevenir casos como estes.
Os atletas deverão ser notificados até ao final do ano, altura em que lhes serão pedidas explicações e em que serão avaliadas as sanções a aplicar em cada caso.
O certo é que não tarda nada e todos ficaremos frustrados por mais uma situação que afectará atletas que provavelmente conhecemos das provas ou treinos por onde andamos.
Muitos nomes nos estarão a passar pela cabeça. Noutros países seria caso para fazer apostas de desporto da bet365 🙂
O que é o Doping
Doping é o uso de drogas ou de métodos específicos que visam aumentar o desempenho de um atleta durante uma competição.
A palavra “doping” é de origem inglesa que significa injeção ilícita de uma droga estimulante aplicada a fim de assegurar-lhe a vitória.
O doping é proibido nos desportes porque, além de prejudicar a saúde, trata-se de uma conduta antiética ao proporcionar uma vantagem competitiva desleal em relação aos outros atletas.
O controle de dopagem é feito através do exame antidoping que consiste na recolha de uma amostra de urina do atleta imediatamente após o fim de uma competição. Também é frequente a realização de exames surpresa nos atletas.
A AMA – Agência Mundial Antidoping (em Inglês: WADA – World Anti-Doping Agency) é responsável por determinar as substâncias proibidas e combater a prática de doping nos atletas.
As substâncias proibidas são agrupadas nas seguintes categorias:
Estimulantes: reduzem a fadiga e aumentam a adrenalina.
Narcóticos: diminuem a sensação de dor.
Esteróides anabólicos: aumentam a força muscular.
Diuréticos: usadas para controlar o peso e também para mascarar o doping.
Betabloqueadores: diminuem a pressão arterial do atleta. São usados em competições de tiro e arco e flecha para manter estáveis as mãos do atleta.
Hormônios peptídeos e análogos: aumentam o volume e a potência dos músculos.
Outro método proibido é o doping sanguíneo, uma transfusão em que o sangue do atleta é injetado nele mesmo, para aumentar o oxigénio nos tecidos.
O que é o Passaporte Biológico
É um perfil genético do atleta. No início é feito uma série de testes para que se crie uma referência base, e a partir do momento que se passa desta referência é considerado um suspeito de doping, sendo feito mais exames para confirmação dessas mesmas alterações.
A vantagem da existência do passaporte biológico é haver um maior controle e periodização de exames para detecção de substâncias ilegais de ação de curto e longo prazo. Desta forma salvaguarda-se a situação de alguns atletas que faziam o seu ciclo de doping antes da competição e quando competiam já estavam com os níveis normais no sangue e na urina. Ou seja, era usada durante os treinos ou pré temporada, burlando então o controle. Apesar da existência do passaporte, os testes durante as competições mantêm-se.