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Sohn Kee-chung (Kitei Son)

Nacionalidade: Japonesa

Nascimento: 29 de Agosto de 1912 (Seul)

Falecimento: 15 de Dezembro de 2002 (Seul) com 90 anos

Venceu a Maratona dos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936 com o tempo de 02h29m16s

Sohn Kee-Chung foi um maratonista coreano que passou à história ao vencer a maratona dos Jogos Olímpicos de Berlim de 1936 representando o Japão – que desde 1910 ocupava militar e politicamente a Coreia (o seu nome japonês era Kitei Son).

Sohn, então recordista mundial da prova e obrigado a competir pelos japoneses, passou o tempo todo dos Jogos a explicar pacientemente aos jornalistas que o seu país era uma nação independente ocupada, sem medo de represálias, pois os japoneses estavam mais interessados na sua vitória do que na diplomacia. Constrangido, após vencer a maratona, recebeu a sua medalha de ouro no pódio olímpico ouvindo o hino nacional japonês sob o hasteamento da bandeira do sol nascente, olhando para o chão, ao lado do compatriota Nam Sung-Yong, também com as cores japonesas, que conquistou a medalha de bronze.

Em 1990, o Comité Olímpico Internacional reconheceu a sua nacionalidade, retirou extra-oficialmente ao Japão as medalhas ganhas na maratona de Berlim – oficialmente, o COI não reconhece medalhas por países mas por atletas .

Em 1988, nos Jogos de Seul, Sohn Kee-Chung, um dos maiores heróis olímpicos da história – obrigado que foi a correr pelo Japão cinquenta e dois anos antes – do alto da dignidade dos seus cabelos brancos e 76 anos de idade, entrou no Estádio Olímpico de Seul carregando a tocha olímpica, com seu próprio nome e com as cores de sua verdadeira pátria, sob uma das maiores ovações já ouvidas na história dos Jogos Olímpicos.

Existe entre os tesouros oficiais da Coreia do Sul um capacete de bronze datado da Grécia antiga. Este foi dado a Sohn Kee-Chung pela vitória na maratona olímpica, apesar de não lhe ter sido entregue directamente durante os Jogos. O capacete foi descoberto em 1875 por um arqueólogo alemão em Olímpia e é similar a outros fabricados em Corinto, sete séculos antes de Cristo.

Após a maratona, o presente deveria ser entregue ao vencedor da prova, mas Sohn retirou-se do estádio sem ter conhecimento dele. Como as regras rígidas do Comité Olímpico Internacional proibiam que os atletas recebessem qualquer coisa além de suas medalhas, o capacete passou décadas exposto ao público num museu de Berlim.

Em 1980, graças a uma campanha de um jornal grego, o capacete finalmente foi entregue em mãos a Shon-Kee-chung na Coreia, que em 1987 o doou ao povo do seu país como parte do seu tesouro nacional.

Fonte: Wikipédia

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Vitor Dias
Vitor Dias
Autor e administrador deste site. Corredor desde 2007, completou 67 maratonas em 18 países. Cronista em Jornal Público e autor da rubrica Correr Por Prazer em Porto Canal. Site Oficial: www.vitordias.pt

1 COMENTÁRIO

  1. Olá Vitor,Estes regimes na altura,super potências da guerra,que semearam o terror na europa e na ásia.A maratona,também não escapou a este flagelo,porque o importante para estes srs.da guerra,era a ganãncia.Devia ter sido muito difícil a este atleta coreano estar sujeito a esta grande humilhação.O importante é que,foi feita justiça 52 anos depois e a sua justa homenagem no estádio olímpico de Seul,muito bonito e recordo-me de ver esse momento na tv,com bastante emoção.Bom fim de semana

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