Sohn Kee-chung (Kitei Son)

Autor: Vitor Dias  /   Outubro 09, 2010  /   Publicado em História
Tags: Jogos Olímpicos de Berlim, Kitei Son, Nam Sung-Yong, Sohn Kee-chung

Nacionalidade: Japonesa

Nascimento: 29 de Agosto de 1912 (Seul)

Falecimento: 15 de Dezembro de 2002 (Seul) com 90 anos

Venceu a Maratona dos Jogos Olímpicos de Berlim em 1936 com o tempo de 02h29m16s

Sohn Kee-Chung foi um maratonista coreano que passou à história ao vencer a maratona dos Jogos Olímpicos de Berlim de 1936 representando o Japão – que desde 1910 ocupava militar e politicamente a Coreia (o seu nome japonês era Kitei Son).

Sohn, então recordista mundial da prova e obrigado a competir pelos japoneses, passou o tempo todo dos Jogos a explicar pacientemente aos jornalistas que o seu país era uma nação independente ocupada, sem medo de represálias, pois os japoneses estavam mais interessados na sua vitória do que na diplomacia. Constrangido, após vencer a maratona, recebeu a sua medalha de ouro no pódio olímpico ouvindo o hino nacional japonês sob o hasteamento da bandeira do sol nascente, olhando para o chão, ao lado do compatriota Nam Sung-Yong, também com as cores japonesas, que conquistou a medalha de bronze.

Em 1990, o Comité Olímpico Internacional reconheceu a sua nacionalidade, retirou extra-oficialmente ao Japão as medalhas ganhas na maratona de Berlim – oficialmente, o COI não reconhece medalhas por países mas por atletas .

Em 1988, nos Jogos de Seul, Sohn Kee-Chung, um dos maiores heróis olímpicos da história – obrigado que foi a correr pelo Japão cinquenta e dois anos antes – do alto da dignidade dos seus cabelos brancos e 76 anos de idade, entrou no Estádio Olímpico de Seul carregando a tocha olímpica, com seu próprio nome e com as cores de sua verdadeira pátria, sob uma das maiores ovações já ouvidas na história dos Jogos Olímpicos.

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Existe entre os tesouros oficiais da Coreia do Sul um capacete de bronze datado da Grécia antiga. Este foi dado a Sohn Kee-Chung pela vitória na maratona olímpica, apesar de não lhe ter sido entregue directamente durante os Jogos. O capacete foi descoberto em 1875 por um arqueólogo alemão em Olímpia e é similar a outros fabricados em Corinto, sete séculos antes de Cristo.

Após a maratona, o presente deveria ser entregue ao vencedor da prova, mas Sohn retirou-se do estádio sem ter conhecimento dele. Como as regras rígidas do Comité Olímpico Internacional proibiam que os atletas recebessem qualquer coisa além de suas medalhas, o capacete passou décadas exposto ao público num museu de Berlim.

Em 1980, graças a uma campanha de um jornal grego, o capacete finalmente foi entregue em mãos a Shon-Kee-chung na Coreia, que em 1987 o doou ao povo do seu país como parte do seu tesouro nacional.

Fonte: Wikipédia

Sobre Vitor Dias

Autor e administrador deste site. Corredor desde 2007 tendo completado 62 maratonas em 17 países. Cronista em Jornal Público e autor da rubrica Correr Por Prazer em Porto Canal. Site Oficial: www.vitordias.pt
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