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Salomon X-Scream

Nos últimos dois anos temos assistido a uma massificação de provas em trilhos urbanos. Atenta a este fenómeno, a Salomon criou um modelo específico para este tipo de terreno, não inviabilizando no entanto a sua utilização no chamado trail “puro e duro”. Fomos testá-lo e deixamos aqui a nossa opinião.

“A X-SCREAM é uma sapatilha bastante versátil, capaz de funcionar em qualquer tipo de terreno. Permite uma enorme liberdade de movimentos e com sola Contagrip para uma excelente tração.” É esta a apresentação da marca para este modelo, leve, atraente e funcional.

Trail ou estrada?

Esta é uma sapatilha que consideramos nem ser especificamente de trail nem de estrada. Trata-se de um “híbrido” que permite os dois tipos de terreno. Tem uma biqueira bastante reforçada mas sem ser pesada, o que permite subir degraus sem o perigo de ferir as pontas dos dedos, permitindo também enfrentar subidas de rochas na montanha.

Amortecimento

Apresenta bom amortecimento relativamente a outros modelos o que em ambiente urbano se torna bastante útil dado haver muitos percursos em empedrado, sempre mais agressivos com sapatilhas onde a sola demasiadamente dura e com pouco amortecimento acaba por massacrar as articulações ao fim de alguns quilómetros.

São leves, cómodas, fáceis de calçar, suaves ao tacto tanto por dentro como por fora e possui excelentes acabamentos.

A impermeabilidade praticamente inexistente permite por outro lado uma respirabilidade fora do comum, o que permite manter os dedos e os pés de certa forma frescos e sem humidade (salvo como é óbvio se  andar dentro de água).

Sola

É constituída por borracha resistente e diferenciada em duas zonas: preta com maior resistência (calcanhar e zona dos dedos) e amarela nas áreas de maior aderência. Notamos um bom comportamento no asfalto e empedrado seco, assim como em relva e terra batida. Dada a altura do ano, não conseguimos testar as mesmas na montanha com lama ou água, mas na passagem em zonas mais inclinadas em trilhos urbanos, aconselhamos redobrado cuidado pois poderá estar aqui “o calcanhar de aquiles” deste modelo. Diga-se que em empedrado urbano e especialmente em descidas ainda não houve um modelo que nos ofereça total confiança. Há que ter aqui em conta toda a atenção e cuidado do corredor.

Durabilidade

Não testamos o modelo em condições extremas. Precisávamos de condições climatéricas mais adversas e uma utilização durante mais quilómetros para nos podermos expressar quanto à durabilidade das mesmas. No entanto e pela experiência que temos na análise do material usado, arriscaremos a dizer que em trail urbano, estamos perante um modelo que lhe irá fazer companhia por muito tempo. Na cidade e sem grandes elementos externos agressores e dada a resistência da sola, não se irá ver livre destas companheiras tão cedo.

Conclusão

A Salomon acompanha as tendências dos corredores e apresenta-nos um modelo versão City Trail capaz de agradar a quem gosta de correr na montanha mas também na cidade, capaz de evitar que o corredor tenha sapatilhas para ambas as situações. Com um design bonito, amortecimento considerável e sola resistente, seja você um “trailiano” ou um “asfalteiro” este é um modelo que o irá surpreender pela positiva.

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Vitor Dias
Vitor Dias
Autor e administrador deste site. Corredor desde 2007, completou 65 maratonas em 18 países. Cronista em Jornal Público e autor da rubrica Correr Por Prazer em Porto Canal. Site Oficial: www.vitordias.pt

1 COMENTÁRIO

  1. Declaração de interesses: sou fã da Salomon há muitos anos nem que seja por ter sido o meu primeiro calçado de corrida que só substitui por total desgaste do mesmo.
    Tendo dito isto, comprei recentemente uns SALOMON X-SCREAM para usar maioritariamente em perímetro urbano. Comprei porque são Salomon e porque ao experimentá-los na loja não podiam ser mais confortáveis. Tenho cerca de 100 km neste calçado e ainda fico com os pés empenados (doridos, sobretudo nas solas dos pés) em treinos superiores a 12/15 km. Evito fazer treinos superiores a isso com este calçado.
    O meu outro calçado, para fora de estrada, que representa 2/3 da minha atividade, são uns Adidas Riot5 que comprei meio a contra gosto (porque não eram Salomon) e de que estou fã incondicional.

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